sábado, 26 de março de 2016

Não prometo sorrisos nem lágrimas, mas é provável que aconteçam.

Não prometo sorrisos nem lágrimas, mas é provável que aconteçam.
No fundo está todo mundo meio perdido mesmo. A gente procura uma resposta sem saber qual a pergunta. A gente tenta encontrar nos outros o que não conseguimos achar em nós mesmos. É tanta gente com certeza absoluta do que não tem a menor ideia. São tantos sentimentos supostamente eternos chegando ao fim.
E eu continuo aqui, observando a massa tentando escrever sobre tudo isso. Mesmo com tantos números, ainda consigo enxergá-los. Tem uma ali chorando por alguém que prometeu enxugar as suas lágrimas. Aquele outro parece já ter desistido de sonhar. A garota sente saudade de quem não está mais por aqui. O rapaz parece desejar voltar no tempo. A mulher mais bonita da rua já não quer mais sair de casa. O garoto que queria viajar o mundo agora passa horas no escritório de terno e gravata.
Sorrisos nas fotos, lágrimas nos travesseiros. Pode até soar estranho, mas tem horas que as pessoas parecem ter tudo para ser feliz, menos a felicidade. E a vida vai passando sem que a gente perceba. Por dentro somos todos muito parecidos. Todo mundo tem uma saudade contida, uma lembrança doída e um amor mal resolvido. As dores são as mesmas, só mudam de endereço. Acontece a todo instante, por todos os lados. Todos nós algum dia acabamos apostando errado e pagamos caro por isso. Que atire a primeira pedra quem nunca despedaçou um coração. E que atire a próxima quem nunca teve o seu despedaçado.

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