terça-feira, 29 de março de 2016

Entre a cruz e a espada de ser feliz



Havia um tempo que a timidez era tudo que nos bloqueava para ser feliz
Entediamos certo pelo meio errado
O que queríamos sofríamos em demasia para conseguir
Mas, quer saber? Sensacional!
Ganhar, perder, conquistar, receber um fora, era o que nos motivava.
Ficar na fossa é triste, mas é realizador, transformador de caráter.
Diz:  como, quando e por quê.
A gente amadurece não para ser infeliz, mas para perder menos tempo.
Julgar menos, ter medo de menos.
O que não é o que parece que ocorre nesses novos tempos
Consultórios cheios de pessoas confusas
Identidades trocadas, receita prontas contra a dor.
Estamos bloqueando o sofrimento humano necessário  que é o EMOCIONAL
Todos nós em algum momento da vida, precisamos ter emoções expostas, a fim de perdemos o medo e nos posicionarmos coerentemente na vida.
Que graça tem existir a pílula contra fossa?
Que graça tem existir a pílula contra a paixão?
Que graça tem existir a pílula contra investir em alguém?
Que tipo de adultos nos tornou? Pior que tipo de legado deixará para a juventude atual?
Se nascer de novo é o mesmo que mergulhar rumo ao desconhecido mundo novo que nos aguarda, qual é a graça em nos pouparmos de sentirmos?
Ninguém obviamente gosta de sofrer, mas ninguém estará imune – isso eu garanto!
A paixão mesmo efemeramente decantada pelos poetas mais celebres do mundo ainda é combustível para a vida. Contudo o CUIDAR se sobrepõe ao efêmero.
Cuidar requer desprendimento de intenções falsas. A gente faz pelo prazer de ver outro feliz. E quem faz tem retorno – assim é a única regra inquebrável, imutável – o que se faz volta. O que se planta na terra das intenções, seja: boa ou má se colhe pela ação.
Eu queria poder dizer que o beijo no rosto recebido, foi falso.
Eu queria poder dizer que cada sorriso recebido, cada cutucada, risada que proporcionei foi falso.
“Eu queria ter a maledicência de julgar contrária cada vez que ouvi “saudade de você”,” sinto sua falta”.
Eu queria poder dizer o que se fala não se escreve; mas eu me enganei se escreve sim. O que eu enxergo é o conteúdo que os olhos dizem quando eu me aproximo perto demais. O que eu vejo é quando bate forte seu coração, quando mansamente eu discorro sobre qualquer assunto pertinente da hora.
Eu queria poder dizer que suas palavras estão erradas, mas quem muito se esconde, acaba se perdendo de si mesmo. Perde o tom. A forma. O gosto. A coragem de se fazer feliz.
Toma gosto pelo pouco. Pela metade. Pelo líquido. Por coisas que não alimenta ou nutri a alma. Eu li uma vez: “Então se despi do pouco, e vista a armadura da boa vontade de se ver outra pessoa”.
Refleti muito e acho que aprendi quando ficamos nus no palco da vida. É lá que nos tira as razões fúteis, pelo bem ou pelo mal, sejamos simples, mas maduros com nossos medos e corajosos com nossas vontades.

Melhor compreendida na música:

 

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