sábado, 26 de março de 2016

A gente também pensa demais

A gente também pensa demais
Tive uma conversa nesses dias profunda com uma pessoa amiga. Ela vive aquele furacão da relação que sai acabando com tudo quando termina, e volta como tempestade pré anunciada com raios e trovões - avisando hoje tem chuvas de lágrimas!
Falei da vibe atual dela, e ela me disse: " Alê, não sei qual é a minha vibe (...) nem sei se passa ou vai passar"
Eu compreendo bem isso. A gente tem como base dizer que se sente melhor sem a pessoa. É um instrumento adequado de informação ao cérebro. Mas, quem diz que racionalizamos as coisas? Tem muita gente que não inicia nada amoroso, por medo de sentir amor; mas diz que é porque não se apaixona; não sabe que é se apaixonar.
Eu finjo que creio e ela finge pior ainda que sabe exatamente o que diz... O problema até nem sou eu que para acreditar, o duro é a pessoa concluir que vive sem o tal afeto.

A gente sabe viver só. A solidão até é cura para muitos problemas. Quando não se tem quem afague o coração, pode até ser que demore acontecer, mas ninguém... repito... ninguém esta imune ao bom e velho colo do sofá, com afago nas costas e cheiro do pescoço. O café com sorriso. O cutucar um ao lado do outro. O pensar-discar-brincar-no-celular para chamar atenção.
Ninguém foge por muito tempo dos bom dias e boas noites regados aos kkkks. Há claro quem deteste aproximação; eu sou desses que quando não tem liga, sou dos não me cutuque. Mas, dizer que dessa água não beberei é subestimar a inteligência sentimental que é provocada pelo tiro fatal do amor.
Por mais bruto que seja, temos no peito um coração e não um caroço.
Todavia eu compreendo que hoje não passe sua vibe pesada, feito correntes fantasmas do passado. E nem precisa passar, passa quando puder, no tempo que der - só não pode passar a sua felicidade.

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