sábado, 26 de março de 2016

Estava Escrito

Estava Escrito
Na velha índia Maktub é o termo para este título (Tudo estava escrito)
Assim como Maktub é a vida
Assim como Maktub são os rios e lagos que desembocam forçosamente ao fim de nossa ponte chamada consciência

Querendo ou não – Seremos confrontados com nosso destino
O caminhar dos passos pode ser lento ou apressadamente ligeiro; mas é o chão que demarca o tempo; assim como demarca na alma as lições não aprendidas.
Como você demarca as suas pegadas e a que profundidade, é de sua livre escolha.
Se nesse trajeto teve tempo de levar nas costas alguém, se houve tempo em que achou pesada demais os ritos do destino, só você pode auferir as pedras - se são ou não um obstáculo.
Eu admiro as pessoas que levitam na vida – quase invisíveis – incólumes a todos os acontecimentos, indiferentes ao processo de solidez de caráter.
Eu as admiro
Porém não me convenço.
Há quem diga que sobrevive de primaveras
Eu digo que há quem se esconde das estações
Existem certos mistérios que ficam por conta do destino nos revelar
Uma matéria nem sólida, nem etérea. Um perfume no ar
Indescritível é a essência das coisas misteriosas: atrai e repele
Impulsiona em direções opostas, para mais na frente nos chocar.
É uma dádiva caminhar sob os raios em dias de tempestades e não se temer nada
É um chamado da vida – entender seus mistérios
Sem dúvidas: Maktub
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu acaso, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia. BY - Martha Medeiros

Nenhum comentário:

Postar um comentário