quarta-feira, 16 de janeiro de 2019



Qual é o mérito do filme “50 Tons de Cinza?”.
Até hoje, não consegui ver a importância da trilogia: "50 Tons de Cinza". Qual o mérito de dizer que a mulher: Virgem, novinha, bela e recatada, apaixonou-se pelo rapaz: Alto, bonito, olho verde e bilionário?
Que mérito de conquista foi nos colocado na tela? Qual o esforço para ambos se apaixonarem? - Por que ele era um depravado? - Óoooooo, que coisa, né?!
- Ou, será por que ela se tornou lasciva?
O que vejo é a tentativa de dar méritos ao fato que duas pessoas jovens e bonitas podem se gostar, “apesar” da grana absurda envolvida na relação. Quiseram romantizar o materialismo.
Eu digo: - Apesar não! A grana era o mote da questão; queria que fosse um entregador de pizza, tentando transar com sua paquera na pousada de 30 contos o roteiro, se ela iria? 
Usou de semântica a razão de ele ser rico, e que poderia ter qualquer uma, mas escolheu-a, que tinha todos os dentes na boca, estudava em boa faculdade, ótima educação, corpo esbelto e etc. Como se isso fosse um esforço para um bilionário fazer. 
Tal coisa foi feita, com Julia Roberts e Richard Geri, no clássico “Uma linda mulher”. Qual o mérito dela se apaixonar por ele? (outro bilionário). Ou, dele ao vê-la linda e irresistível?
Existem filmes que retratam a complexidade da realidade, com maior esforço para o amor, tipo: Romeu e Julieta, Amor sem Fim, Lagoa Azul e para mim os dois com maior profundidade:
“Casamento Grego” e “Um lugar chamado Nothing Hill”, principalmente este último, porque é um papel invertido, pouco explorado, que retratada a mulher bem sucedida apaixonando-se por um homem comum, simples, sem grandes sonhos a serem realizados, com reais problemas, muito próxima do que temos. O “Casamento Grego” é a síntese da nossa realidade: Mulher trabalhadora, com silhueta comum, com problemas de grana, de autoestima, que pode encontrar seu par, apesar de tudo contra. Acho que falta muito para vermos nas telas os reais personagens do nosso mundo.

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