quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Fábio Junior dizia algo sobre a metade das laranjas, só que em caso de separação, existem duas máximas: Um morre para outro renascer!
Se a separação é total por divergência de ideias e sentimentos, não será agora que estão distante, que vão compreender os motivos.
Daí que surge o palco para os dramas e comédias da vida a dois. Se for o quem tomou a decisão, agirá como se quisesse viver tudo e todas as coisas plenamente. Entrará em forma pela opinião dos outros. Testará da dieta da lua aos supinos e pesos das academias, buscará conhecer gente, pintará quadros e remoçará 10 anos. Já o outro, se esconderá no palco fundo do picadeiro. Séries, filmes, documentários, igreja, arrependimentos e dedos rápidos na tela do celular. Passará os dias e as horas a contar o número de fotos e de fatos a se entender sobre o rompimento. Buscará teorias e por fim, usará pouca roupa, porque será da cama para o trabalho. O porão das recordações é um lugar sombrio, nunca vi ninguém tirar boas coisas de lá, mas é para lá que todos os melancólicos vão.
Os amigos sentirão alegria pelo que renasceu e pena pelo que adoeceu, dirão que é compaixão e farão encontros separados, para que um não estrague o dia do outro.
Mas se, a sofrência for igual, com mesmo teor de peso para com os dois, a volta é certa. Ninguém escapa da telepatia do amor, o que os une, são pensamentos e desejos iguais, mesmo longe – afastados pelas diferenças, permanecem fiéis aos seus sentimentos, e estarão fadados as novas promessas.

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