Eu acho que quem for bom o suficiente para reverenciar um por do sol de peito aberto, uma brisa na cara, o poder de caminhar sobre a areia, a satisfação de visitar um amigo e conversar sobre coisas e fatos da intimidade humana, plantar uma semente de nostalgia, reavaliar conceitos, confessar palavras e não escondê-las; trazer sentido a sua vida; fará toda diferença no final, da última página escrita. 
Não acredito em pessoas que desviam o olhar numa conversa sincera. A gente só abaixa o olhar quando tememos nos revelar. Não é a desculpa de agora que nos mantem na posição que estamos, mas, sim o medo de tentar mudar. Qualquer escolha que tomamos, afasta de algum lugar. Não existe remédio algum que apague um desejo. Dormir só prolonga os problemas. Não fazer nada, não quer dizer que já não tenha feito. A paz só habita em espíritos que emergiram de grandes atribulações. Para acertar é preciso ter errado antes, aprendido dizer muito sim e muito não, morrido por dentro e renascido por fora, sorrido da vida, quando tudo queria era chorar e não ter temido dar o passo ao ponto de paralisar-se. Não precisa ser um excelente sujeito! Só não precisa errar consigo mesmo. Fingir que não escutou. Não errou. Não observou que a vida passou entre os dedos.