quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


Olhar triste

Percebi hoje olhando as fotos das minhas filhas, que em ambas, o olhar é triste.
Não me entenda mal, não é triste por melancolia, é triste por saber demais entender o que veem pela frente.
Há algo de profundamente claro neste olhar. Elas sabem esconder em uma fracção de segundo e voltarem no normal. Mas, eu vejo como elas me veem pelo meu. Pois algumas vezes elas se sentirão perdidas, mas nunca estarão ausentes de mim. Terão do meu espírito nelas e com elas eu crescerei de novo. Observarão a vida com os meus olhos, assim como vejo as delas em cada amanhecer. A filha entenderá o mundo como eu entendi, tornando-o melhor do que eu nunca fiz.
Através de seus entendimentos, serão felizes ou tristes de fato. As escolhas, serão delas. Em cada pensamento meu, residirá um sopro de sonho bom, um desejo aferventado que tudo seja simples, calmo, tranquilo e absoluto. O mundo não se curva, mas quem decide até onde se enverga somos nós. No amor que tenho por elas, compartilho as incertezas e certezas que o futuro trás. Sabendo que em cada olhar, de cada filha minha, estabelece uma força chamada amor e que o tempo reforçará sempre. A tristeza é uma arma,  repletas de rosas, cabem os espinhos a gente entender que faz parte, o que importa é seu final, como será? – Não sei... Depois da tristeza vem sempre alegria.

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