quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé e atividades ao ar livre
Eu não sei de quem é a foto. Também não sou o advogado dela. Recebi em um grupo de Whatsapp, como referência do " rostinho bonito ", com várias reticências, todas ditas pelas mulheres do grupo. Era elogiando, mas dizendo " se não fosse gorda...".
Se não fosse (...) nada! But It!
Existe aqui uma nobreza singular. Uma altivez no gesto de se expor para a foto, sem se importar com os comentários, com as críticas, com a visão tacanha da sociedade da moda, do que em toda falsa magreza. Um corpo magro, com um cérebro recheado de preconceitos.
Não é pouco a sua coragem de não se esconder por trás de outras pessoas em fotos, para evitar mostrar a silhueta. Cansei de ver isso em diversos álbuns das redes sociais. Fotos cortadas pelo meio, poses montadas para não mostrar a gordura, barriga chapada e sem fôlego, tudo para parecer natural, quanto natural é uma estatua montada no meio da sala.
Esta foto é a curva acentuada que define que tipo de sociedade somos. Como pensamos. Como definimos quem nos atrai. Se tudo que a sociedade tem de melhor é uma visão curta sobre a beleza, melhor então zerar a sociedade e começar de novo. Não tô aqui para definir o que você tem de fazer, eu só acho que se gosta, se sente-se bem como é, se ama uma pessoa acima do peso, fora da curva de aceitação, dá uma banana para todo resto.

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