As opiniões são massacrantes quando são alheias à sua
vontade. Todo mundo parece um doutor em apontar os erros dos outros. Lógico que
haverá erros – lógico que fizemos e faremos muitas escolhas erradas e mancadas
mil pela vida. Mas não se condene pelo seu passado, nem tão pouco espere que
alguém os aponte o dedo indicando vergonha.
O meu, o seu ou o nosso passado não condena! E isto é uma
afirmação convicta de quem vive pelo presente, avaliando, modificando-se e
entendendo a vida.
O nosso presente já é objeto refletido de tudo que fizemos
lá atrás – de certo ou errado. Sempre poderemos recomeçar um novo começo diria o Chico.
Deixe para as más línguas essa obrigação de envenenar a
vida. Cabe a você e a mim, continuar o processo cíclico de passagem, melhorando
a cada momento. O mundo é feito de um
imenso teto de vidro sobre nossas cabeças, na melhor das hipóteses quem atirar primeiro a pedra, cai por último, mas cai também.
O único que pode me
condenar pelo que já fiz, se o faz hoje é porque sabe mais do que eu, tem
domínio sobre minha vida, é a quem eu confio e respeito, e se chama Deus.
Nas minhas teses malucas, nos meus devaneios e textos rabiscados
de sentimentos e contradições próprias do meu desconforto monumental com o ser
humano, nunca acreditei que somos 2,3,4 pessoas numa só. Aquilo que outros afirmam: “OUTRA PESSOA”.
Serve como poesia e música, mas não serve como realidade física. É uma crítica
e autocrítica. Se eu aceitasse que somos muitos, poderia sim compreender que
meu passado me condenaria, pois teria a grande desfaçatez de jogar a culpa no
meu outro “eu”. Como não aceito, o julgamento cabe a eu decidir de que forma
poderia ter tomado essa ou aquela decisão.
Enfim, não pretendo criar na vida toda laços com o passado.
Bom ou ruim ainda somos iguais. Bom ou ruim ainda escrevo a minha história.
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