sexta-feira, 6 de maio de 2016

Minha dor parece ser maior que a dos outros.




Na toada do que o Mundo nos reserva existe algumas situações que se mostra gigante até mesmo para o mais bem preparado ser humano da terra. 

E conquanto, pergunto: - E os desavisados? Aqueles que vivem das frases de para-choque de caminhão e pílulas da alegria que tudo esconde, tudo convém -  agindo como querem, fazendo o que querem, sem a menor noção que perdas – sucessos – alegrias e tragédias são inerentes a todos?

A vida infelizmente não emite avisos. Sofremos derrotas e perdas.

Nossos pais, se seguirem o curso natural da vida serão os primeiros a partirem; uma condição simplória até para a vida. Mas e quando os filhos não conseguem entender isso? Quando não estiveram estruturalmente preparados para o voou inaugural da vida; que é subir as correntes térmicas e se descobrir com asas e privilégios de quem toma conta de si mesmos.

Descobrimo-nos pequenos, e sem amigos tudo fica pior. Aquele que plantou sozinho e não cultivou boas amizades, colherá sozinho sob o sol e chuva.

O que de certo temos hoje é o sopro que nos mantém vivos. Objetos materiais, amores, ideias, são todas suplantadas pelos desígnios da vida. Mas há, contudo uma espécie homo sapiens que torce o nariz para tudo. Acha-se inabalável e imbatível – comigo não acontece – pois viaje não que acontece.

Doenças, mortes, perdas, contratempos, razões mil que nos circunda e nos ensina, em todos os lares, todas as pessoas, inclusive aquele vizinho ao lado esta passando.

Longe de pregar o pessimismo e o agouro, bem longe disso mesmo, só que são fatos existentes e preponderantes a todos. E por que parece que nunca estamos prontos? Porque vivemos em redomas de prepotência e vaidades. Alimentamo-nos de tapinhas nas costas, assistimos friamente coisas que parecem que acontece na televisão, menos conosco.

Uma pessoa que vive além da realidade, sofre duramente. Cai alto de seu pedestal. A queda por vezes quebra mais dolorosamente que em outras. E muitas vezes achamos que nossa dor é maior que a do outro. Justamente porque compramos e vendemos ilusões próprias.

Vai do irmão drogado, irmã doente, pai alcoólico, mãe ausente, câncer na família  – marido violento, aborto, assassinato de ente, perdas financeiras, quem nunca ouviu falar? Ouve-se falar e não crer que precisamente somos sempre os próximos na roleta da vida.

Na falta de uma vida mais bem embasada e coisas que de fato importa e nos sustenta, sucumbimos clamorosamente e nos descobrimos infantis para a vida.

Dai que se descobre de onde vem a força e para onde seguimos. 
Dai se tem a falsa ideia que nos sofremos mais que todo mundo, muito culpa dessa moda de se tomar remédio para ocultar sentimentos e fingir equilíbrio.

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