quarta-feira, 25 de maio de 2016

Delitos e honestidade à prova






Diz um adágio assim: “Dê poder a um homem e perceberá seu real caráter”
Desde os primórdios somos testados na nossa capacidade de fugir dos perigos da cobiça e inveja.
Pelo que pude aprender com a vida, principalmente meus erros; é que somos carentes de vigília constante. Oxalá existe as leis e todas as punições possíveis.
Pode observar bem que esse cidadão roubando as vítimas, por sua vestimenta, idade e tamanho não é uma pessoa do tipo de ladrão conhecido nas ruas. Nem se veste mal, nem tem corpo para correr da polícia e nem porte de quem topa encarar as pessoas. No meio da multidão, passa por normal perfeitamente. Pode até ser seu vizinho ou conhecido que acabou de passar na sua frente.
Nem todo mundo opta abertamente agir e viver pelo mal; ainda bem que são poucos os que enveredam por esse caminho; todavia há uns tantos outros que como nós, estão subentendidos na sociedade, como gatos: espreitam o inesperado. Observam a sua chance e agem na hora certa, para subtrair alguma coisa de alguém. Alguns são sociopatas inativos. Como no caso do vídeo o sujeito não tinha problema moral alguma em roubar de “mortos”.
Mas quantos de nós não trafegamos entre coisas boas e más?
Quantos de nós ocorremos em falhas morais quando não estamos sendo observados?
Vai desde a passagem pelo sinal vermelho ou descumprimento gritante de códigos civis, como atitudes intempestivas como crimes passionais. Calúnias. Traições. Abortos. Juramentos inverídicos.
Levante o dedo quem nunca rastejou feito serpente por essas situações?
O ser humano labuta entre as duas fronteiras sempre. Um dia desse eu presenciei algo que me fez pensar em escrever esse texto algum tempo. Uma pessoa amiga minha, tinha me dito que determinada coisa não faria, por julgar ser errado entrar nessa seara. Em resumo: ele não infringiria uma normal do trabalho por seu ninguém...
Pois seu ninguém um dia apareceu, e saquei que ele tinha certo grau de interesse nesse “ninguém” e ocorreu a tal quebra de protocolo próprio numa boa, sem ao menos pestanejar.
Fora ele - já ouvi e cansei de ouvir promessas jogadas ao vento. Ou a amiga que toma remédios controlados que hoje a viciaram de uma forma, que ela mente para não deixar ninguém entrar; e, portanto age de maneira diferente do normal para conseguir obtê-los.
Esses favorecimentos para alguns e outros não, ou essa condição de se vender fácil para conseguir algo de seu intento - é o que determina a nossa capacidade de discernir conceitos morais. Somos quase todos presas fáceis de nossas cobiças e interesses.
O ladrão imoral do vídeo é um que foi pego com a mão na massa; mas certamente ele não seria a principal suspeita sem o tal vídeo aparecido. Deve ser o mesmo tipo de pessoa que subtrai dos amigos coisas pequenas, dinheiro pouco, fofoca, cria casos.
Todavia somos assim em diversos graus. Somos falhos quando prometemos guardar segredo, mas os revelamos aos mais “íntimos”. Somos canalhas quando inventamos fatos para se aproximar de alguém, até mesmo fingir doenças, afastar pessoas, culpar os outros.
O que passa na cabeça de um ser humano, quando se coloca em perigo ou sucumbe a um desejo forte de inveja é inimaginável. Somos capazes de tudo!
O BEM E O MAL é a nossa eterna dicotomia. É um sistema que nos qualifica ou denigre nossa essência. Não tiro ninguém dessa equação. Todos sem dúvida navegam em cima dessas duas premissas verdadeiras. Eu respeito muito um ser humano que não rouba nada para comer, quando a fome exige ação imediata e incisiva, e o leva à auto desculpa do erro.
Muitos dos nossos heróis reais da vida se dispuseram a enfrentar essa dicotomia. Muitos sucumbiram por ser humano na concepção da palavra. Tantos mais caíram em desgraça e ressurgiram por cima, assim como é e tem sido toda humanidade. O governador que não quis dar a sentença de morte a Jesus, e deixou para que os párias o fizessem, não é menos culpado, todavia não é o único e nem o principal executor. Muitos dos policiais que hoje salvaguardam nossa vida sabem muito bem o que eu disse aqui. Entre deixar o bandido, perigoso, assassino solto, apenas nas garras da lei que às vezes é cega, opta por mata-lo com a pretensa ideia de ser o certo a se fazer, pode ser o mesmo que não se deixa ser comprado pelo dinheiro. HONESTO SIM – PIEDOSO JAMAIS.
Muitos por sinal apoiados pela população que acha bandido bom é bandido morto”
- Eu sou um deles!
Mas não me refuto a me julgar nessa crônica. Colocar-me-ei em questão também.
A pergunta final é quem somos nós dentro dos conceitos do bem e do mal?

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