Tenho
plena consciência de que as pessoas mais interessantes que já conheci são intrigantes,
inconsequentes, carentes, pensativas, aflitivas e salvo engano vez por outras
se parecem com gigantes – quase inalcançáveis. Todavia bastou desvendá-las para
se tornarem as minhas melhores amigas. São as arestas que tornam alguém marcante, a
perfeição é nada mais que um conceito intangível ou uma visão falha, pequena e
infantil do que quer que seja.
Aliás, o conceito de perfeição é desonesto. Usado para promover deuses e mitos.
Eu não sou mito e nem Deuses. Aqui plantado em meus pensamentos, no máximo sei de muita coisa que você não sabe. Todas começam pelo meu umbigo. Ato falho sou um imponderável imperfeito!
Alguém um
dia me disse que as pessoas que marcam de verdade a vida da gente vão nos
decepcionar em algum momento, é a única garantia.
As crianças guardarão seus
brinquedos, se trancarão e irão para casa, para o seu lugar seguro, idealizar a
perfeição, ou usarão de desculpas para se manterem na cama. Eu bem sei o que é
que são... todavia não há necessidade de responder... Contudo, os verdadeiros adultos
saberão lidar com essas decepções assim como sabem conviver com as suas próprias
arestas e erros. Os adultos amarão na contemporaneidade, sem mitos, sem
projeções, simplesmente vivendo a realidade. Perdoarão infinitamente,
responderão as mensagens, sorrirão para os problemas, até pode rolar uma
lágrima ou outra, más a verdadeira natureza estará presente. E amarão mais que
a culpa ou medo de seus próprios valores, amarão pessoas.
Não faz
mesmo muito sentido dividir as pessoas em boas ou más. Pessoas são apenas complicadas
ou monótonas. Posso acrescentar que por consequência, não existem pessoas para o meu gosto. E se você ainda as busca, por favor, volte logo cinco casas...
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