terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Para que falar?

Definitivamente, eu não tenho inveja de salários, relacionamentos, carros, casas da vida alheia! É um ponto que não cresceu comigo na configuração final da minha personalidade. Tão pouco curto divulgar intimidades. Acho que até uma certa altura da vida de uma pessoa, contar detalhes, esmiuçar segredos sórdidos, faz parte da construção do caráter. É canalhice, mas tá no jogo agir como um otário.
Na mesma forma, acho pouco producente ficar atacando colegas de trabalho ou amigos. Ninguém transformará eles em excelentes profissionais ou melhores amigos. Contudo, se vier a prejudicar meu trabalho, agindo porcamente, ouvirá de mim a bronca. Porque ser legal, não é ser relapso Ser legal pode até ser encher o cu de cana com os outros, mas não tem nada a ver com o agir certo. Não perco meu tempo fofocando para chefia. Nem tão pouco contar quem pegou quem - com quem está - com quem foi transar. Cada um faz seu caminho.
Digo isso não porque quero ser bonzinho. Detesto a expressão " Gente do BEM ".Não sou do BEM. Dispenso os estereótipos a meu favor ou contra. O que não faço as pessoas, veio justamente daquilo que não curti que fizeram comigo. Foi por experiência. Por sentir na pele. Por levar porrada! Por ter praticado também, e por ter prejudicado, magoado, ferido as outras pessoas. Já dei motivos para se sentirem decepcionados comigo. Portanto, bonzinho são os cambaus! Nunca vou crer em gente que se mostra como BOM, divulgando seus feitos, superestimando seus trabalhos, fabricando sua religiosidade, e etc, etc, etc.
Gosto da liberdade sincera de não ter que prestar contas dos feitos. De não ter que receber aplausos. Exigir curtidas à esmo , afim de aplacar minha fome de aceitação.
Quero a liberdade dolorida de poder expor visceralmente minhas culpas, erros e acertos, sem ter medo de chocar. Meu limite é não expor os outros. Não massacrar, reprimir e angustiar ninguém com meus medos.
Meu maior desapego é com o passado. É um ambiente pra mim que só serve para se guardar no baú mais velho e no canto mais escondido da casa. " Para todo sempre meu esquecimento" - Seria minha frase preferida estampada em letras garrafais.
Até porque, quero um dia acordar e perdoar, esquecer e refletir, assim como faço todos os dias...
Passado é um vitral partido, contado peça a peça, pedacinho por pedacinho, todo feito de cristal.

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