O amor vive por si só, não
depende da leitura de um roteiro, mas para virar palpável precisa ser
correspondido, deixar de ser leitura. Calor e paixão sozinhos não queimam; é
platônico de tela de cinema, chamamos de impossível.
Silêncio que afasta da
retina das possibilidades. Amor não é contido em uma caixa que se abre para ser
vivido naquele dia. Costumeiramente precisa-se de abraços sinceros para ser
consumado. Existe amor na consideração, no pensamento, mas beijos precisam de
comprovação de desejo, se não vira ensaio. Se não for real, escreva em uma
página de rodapé qualquer que amor é lacuna, hiato entre vontades, coração
morno e poesia fria.
O amor é também medo.
Nenhum filme que se preste, deixa os dramas e as complicações de lado. São
peças do destino que nos inviabiliza a pular sem olhar primeiro. Também é
aventura, se for viver pela felicidade que se pode abraçar – ou - vielas de
ruas, cantos escondidos, sussurros inaudíveis, mensagens trocadas.
É fim premeditado com
brigas sem explicações e desaforos levados para casa. É um ser complexo,
repletos de trilhas sonoras e caminhos diversos. Se alguém te disser que não é
nada disso – Esqueça-a!
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