quinta-feira, 14 de março de 2019

Ponderações sobre o amor



O amor vive por si só, não depende da leitura de um roteiro, mas para virar palpável precisa ser correspondido, deixar de ser leitura. Calor e paixão sozinhos não queimam; é platônico de tela de cinema, chamamos de impossível.
Silêncio que afasta da retina das possibilidades. Amor não é contido em uma caixa que se abre para ser vivido naquele dia. Costumeiramente precisa-se de abraços sinceros para ser consumado. Existe amor na consideração, no pensamento, mas beijos precisam de comprovação de desejo, se não vira ensaio. Se não for real, escreva em uma página de rodapé qualquer que amor é lacuna, hiato entre vontades, coração morno e poesia fria.
O amor é também medo. Nenhum filme que se preste, deixa os dramas e as complicações de lado. São peças do destino que nos inviabiliza a pular sem olhar primeiro. Também é aventura, se for viver pela felicidade que se pode abraçar – ou - vielas de ruas, cantos escondidos, sussurros inaudíveis, mensagens trocadas.
É fim premeditado com brigas sem explicações e desaforos levados para casa. É um ser complexo, repletos de trilhas sonoras e caminhos diversos. Se alguém te disser que não é nada disso – Esqueça-a!

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