Era uma tarde tranquila de domingo, eu estava em um
apartamento de um amigo olhando o mar e as ruas que cortavam os bairros do
Bessa/Manaíra - pareciam veias pulsando. No sonho eu observo o mar tão calmo, de
uma tonalidade verde, o sol ainda estava bem forte no alto do céu, tudo dizia
que seria uma chegada de noite linda... Mas, não mais do que de repente, eu via
a água fluir naturalmente pelas ruas principais à beira mar, era algo estranho,
porque não se ouvia nenhum barulho, apenas a água entrando... O que me deixava
intrigado no sonho era que sempre se ouve falar de casos de tsunamis, onde o
mar recua, mas não havia recuo algum, ele estava lá do mesmo jeito de sempre, o
que se dava era que parecia que por trás do horizonte onde nossa visão alcança
é que o mar estava sendo empurrado por uma força que impulsionava ele mais para
frente do que o normal. No próprio sonho eu cogitei a hipótese do volume do mar
ter subido repentinamente, como se um outro grande volume tivesse sido liberado
e despejado dentro do nosso mar; os minutos se passavam e o volume agora
arrastava carros e pessoas para dentro das ruas, lojas e calçadas, com sons de
buzinas disparando a todo o momento. Incomodava-me a passividade da situação –
ninguém se apercebia disso, nenhuma pessoa saía dos prédios, nenhum carro acelerava
- todos apenas assistiam paralisados os imensos volumes entrarem na cidade. A
certa altura eu já media que a água estava há três andares do meu próprio
edifício, e cogitei que alguns moradores já estavam correndo para o último
andar ou então tinham morrido, até porque, até aquele presente momento, era
apenas eu que via tudo e sentia tudo. Nem mesmo as pessoas presentes no meu sonho
(casal de amigos e familiares), tomavam qualquer atitude. Meu pensamento girava
em torno de ir para o topo do prédio também, correr ou ficar mais alto
possível. No meu sonho, tinha uma voz que me dizia que seria até o sétimo andar
de água, não mais que isso. Até que veio uma onda: Enorme... veio e cobriu
tudo, quebrando as janelas do apartamento, na hora pensei que a estrutura do
prédio desabaria, fiquei agarrado em uma das portas. Até que a água escorreu
para fora, não houve uma segunda onda, aguardei e vi que a porta estava aberta e ninguém no
apartamento. Corri para sacada e olhei exatamente o volume de água que
imaginava. Como não sei nadar, fiquei pensando nas hipóteses de como fugir
dali, mas tinha medo da eletricidade que estava abaixo daquele volume, cogitei
imediatamente que toda água estava eletrificada.
Acordei neste ponto...
Ufa! Mais um sonho...
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