segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Duelo ao meio dia

Neste novo mundo de tecnologia, pessoas dão prioridade por ler coisas e fatos de no máximo 4 linhas. Não querendo nada de muito complexo, optam pela simplificação dos resultados, gerando procrastinação da mente para execução de outras que consideram de melhor serventia, como: olhar as fotos dos outros; viver a vida do outro; julgar a sua vida pela grama do vizinho.
Ninguém pode ser tão simples ao ponto de viver sua história pela timeline. Nem as pessoas cabem seu contexto de vida dentro de um álbum de fotos. O ser humano real é puramente complexo.
Dê prioridade a quem conta seu final de semana, como se fosse um livro.. dê espaço a quem tem uma vida repleta de erros e acertos. A quem não contextualiza histórias em duas linhas. Qualquer ser humano que deseja ser sério, exige prontuário de vida com diversas cicatrizes. Experiência de vida materna com curativos e methiolate, infância com duelo ao meio dia na porta do colégio, adolescência com música alta e choros intermináveis no travesseiro. Exigiu ser adulto antes dos 18. Confessou ao amigo seu primeiro beijo, traiu quem amava para garantir sua virilidade, escondeu chifres por não saber perdoar, foi visto onde não devia e sabia pedir a benção sem a mãe perguntar. O ser humano é história pura contada em filmes. Qualquer um que não queira ser um livro é capa de caderno.
Não simplifique por baixo. Exigir conteúdo das pessoas é prova final de curso. Muitos poucos conseguem.

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