A gente briga com a felicidade.
Eu briguei com a felicidade,
dei o nome de “destino”. Para todo o destino a pessoa certa.
Até porque, calça e blusa nova, chave de carro na mão e um
rolé resolve tudo...
Resolve? O amor que combina é o que termina com poesia. Uma
noite perfeita, transforma dúvidas em certezas, o que sofremos se transforma em
líquido para beber da fonte. Não entraremos em pânico, mas com certeza homenagearemos
a vida a dois em cada taça e pensamento. Eu creio nas pessoas predestinadas a
se conhecerem, sem nunca desistir de ajudar o acaso acontecer. Eu creio nas
evidências do que sinto; eu vivo na mentalização do poder do “eu sei o que você
pensa”. Eu creio no sobrenatural de se sentir tocado mesmo ao longe. Eu aceito
que existem encantados e encantamentos, na paralisação do olhar que revela
saudade. Eu acredito no poder da música, no código do amor que existe no café,
na delícia de se sentar a luz da lua para contar estrelas. Sentirei apreensão
pela véspera, como um fato a se contar posterior. Antes de revelar o que sinto,
deixarei que saiba que a esperei mesmo antes de saber. Vislumbrarei em seus
olhos que ela me conhecia mesmo antes de eu dizer quem sou. Antes de dizer
que amarei, serei deslocado pela sua ternura, silenciado pelas suas revelações
mais íntimas, saciado pelos seus beijos e tomado de uma aliança maior do que eu e
ela juntos. Esta mulher me salvará de meus medos e eu a tomarei de suas
angustias, caminharei ao lado, demarcando pés descalços na areia, nunca
olharemos para trás, para não contar o tempo que chegou...
Provocaremos o impossível para dizer que somos loucos.
Reataremos todos os nós, planejaremos convites e não enviaremos a ninguém.
O que revelou dor e sofrimento deixará de existir, convocará
a vida para ser eleita como poesia.
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