sábado, 23 de fevereiro de 2019

A gente briga com a felicidade.


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A gente briga com a felicidade. 
Eu briguei com a felicidade, dei o nome de “destino”. Para todo o destino a pessoa certa.
Até porque, calça e blusa nova, chave de carro na mão e um rolé resolve tudo...
Resolve? O amor que combina é o que termina com poesia. Uma noite perfeita, transforma dúvidas em certezas, o que sofremos se transforma em líquido para beber da fonte. Não entraremos em pânico, mas com certeza homenagearemos a vida a dois em cada taça e pensamento. Eu creio nas pessoas predestinadas a se conhecerem, sem nunca desistir de ajudar o acaso acontecer. Eu creio nas evidências do que sinto; eu vivo na mentalização do poder do “eu sei o que você pensa”. Eu creio no sobrenatural de se sentir tocado mesmo ao longe. Eu aceito que existem encantados e encantamentos, na paralisação do olhar que revela saudade. Eu acredito no poder da música, no código do amor que existe no café, na delícia de se sentar a luz da lua para contar estrelas. Sentirei apreensão pela véspera, como um fato a se contar posterior. Antes de revelar o que sinto, deixarei que saiba que a esperei mesmo antes de saber. Vislumbrarei em seus olhos que ela me conhecia mesmo antes de eu dizer quem sou. Antes de dizer que amarei, serei deslocado pela sua ternura, silenciado pelas suas revelações mais íntimas, saciado pelos seus beijos e tomado de uma aliança maior do que eu e ela juntos. Esta mulher me salvará de meus medos e eu a tomarei de suas angustias, caminharei ao lado, demarcando pés descalços na areia, nunca olharemos para trás, para não contar o tempo que chegou...
Provocaremos o impossível para dizer que somos loucos. Reataremos todos os nós, planejaremos convites e não enviaremos a ninguém.
O que revelou dor e sofrimento deixará de existir, convocará a vida para ser eleita como poesia.


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