terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Já passou


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Milhões de pessoas paralisam-se na vida porque acham que deveriam recuperar o tal do tempo perdido. Revelam-se teimosas, na busca do algo existente do passado, algo inacabado, emocionante ou que acham que ainda não não foi todo explicado.
Outros dão importância aos 20 anos, quando nunca teve. Nem mesmo quando ainda os tinha. Querem recuperar o espaço e tempo, reinventando o ressuscitamento da ordem natural das coisas. Não existe isso de segunda opção para o tempo. Relações inteiras vão para o ralo porque alguém acordou se sentindo ainda na era dos anos 80/90. Ou então, promovem encontros para saber que ainda existe esperança.
Deixa-me dizer: Não se reescreve biografias – apenas se conta o que foi dito e não dito, nada mais. O perfeccionista mata a vontade de aprender, promove desacordos para provar que esteve certo algum dia. E quem achar que deixou de fazer alguma coisa importante e não teve a resposta devida. – Teve sim! – Você que não quis compreender. Se fecharam a porta, deixei lacrada. Se foram viver a vida - não tente entendê-la. Não há mais nada a se dizer, as cartas já foram escritas. Elegemos meras letras, como grandes músicas. Na vontade de concluir o que ficou no passado, sabotam-se novas relações por culpa. São os exilados do passado. Vampiros de relações que só existem no travesseiro e no escuro da mente. Às vezes sonhos, são só sonhos, não são lembranças, nunca ocorreram, não viraram viagens. Não se tornaram porres e não ouviram a música. Tem que parar tudo para ser honesto, deixar de ter o corpo aqui e a mente no passado. Parar de valorizar o que não foi feito e a valorizar o novo que ainda está por vir,

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