terça-feira, 14 de junho de 2016

Tão quão o toque




Veja só, esta aí uma imagem que vale mais do que mil palavras! É no contato que nos alinhamos às outras pessoas. Não importa o quanto fuja disso. O que importa de verdade é como faz isso.
Suave como toque de uma brisa? Ou ativo como quem queira vencer uma disputa a todo custo?
A gente é inteiramente culpada por nossas manifestações... até mesmos as mais silenciosas e escondidas, tudo se move e cria uma onda que vem da gente para os outros, tal qual a imagem – a vida é manifestação pura.
Assim também recebo dos outros; suas ondas e seus anseios. Há quem pire profundamente com só a menção do contato, porque se perdeu em algum ponto da vida donde compartilhar deu errado. Acho eu tudo intrínseco nessa corrida de escolhas, uma coisa esta relacionada à outra e assim sucessivamente. Fosse errada, a gente não se via tantas pessoas rodopiando, feita barata tonta e voltando ao mesmo ponto de partida, nem sempre mais sábia, nem sempre mais madura, sabe por quê? Porque nunca foi claro para elas a sua participação em nada. O mundo atual pede que se esconda. Se eu minto que investiguem as tecnologias de ponta e seus iphones, verdadeiros motivadores da expressão “tão só quanto mal acompanhado”. Quem já fugia, ama a desculpa de não fazer nada. Estamos vivendo um período muito importante da história humana, cheias de características tecnológicas e pessoas pela metade. Vide aí: meios pais/meia vida amorosa/ meio emprego/meio amigo e tantas e tantas verdades ditas pela metade, até que se descobre inteiramente mentindo.
Não consigo hoje sentar para conversar com ninguém que não esteja pelo menos escondendo algo de sua vida. As conversas só fluem no campo das futilidades. Qualquer mera menção de aprofundamento, o rosto desce ao encontro do queixo, é o caminho mais curto para se esconder em uma selfie. Pronto! Já contei tudo sobre mim.
Mais da metade dos que observei se asseguram na oportunidade de um encontro com as massas, como se fosse aquele o último dia para se viver; morrendo de medo de chegar em casa e ter que começar tudo de novo a vida mentirosa que prega. Nem mesmo os bares e as taças de vinhos caras, contam tudo sobre você, eis aqui a vida insincera que pede mais qualidade de decisão.
“Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado”. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo.

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