segunda-feira, 6 de junho de 2016

Manipulando os sentimentos e a gafieira




Acredite se quiser, até como vítima podemos manipular os sentimentos dos outros em proveito próprio. Não por isso é que observamos as reclamações fora de propósito com intuito de chamar atenção. Muitas acabam tomando emprestados arquétipos, e a gente acaba vendo as repetições dos erros.

A Religiosa: Da esposa que cansada de sentir-se desprestigiada pelo marido, faz cobranças, compara casais da igreja e por fim comete deslizes conjugais, agindo pelo olho no olho, a fim de dizer que quer ser feliz. O marido com sentimento de culpa enrola e vão à igreja alguns meses, passeia alguns finais de semana e depois ela volta a reclamar tudo de novo.

Quando está bem (ótica dela) – “Deus no comando” – mal –” Cansei de esperar, vou ser feliz”.
É amor? Não!
Tem muita culpa de ambos. Tem vitimização. Tem cobranças. 

A indecisa: tem tudo para dar certo, mas ao mesmo tempo gosta de sua vida privada, reclusa, faz o que quer, e não acha que agora é o momento, ainda “tem tempo”. A vida não emite aviso e vem um acidente e morre o amor. Choro, triste, perda, sente que deixou escapar.
É amor? Não!
Tem muita culpa. Tem a falsa sensação que é jovem e nada acontece. E um pouco de prepotência, achando-se na posição de domínio.

Da reclamona: Todas as escolhas fracassaram por culpa do outro. Acha que merece sempre o melhor, não admite menos do que planejou para vida. Para cada pessoa que começa uma relação faz uma investigação da vida. Ela odeia unha grande do pé; o rapaz não sabia - usava sapato. Daí um dia ela descobriu que a unha dele era grande. – “Más eu não gosto de homem com unha grande no pé” – Vou consultar as amigas.
- Mulher deixa pra lá, ele cortará com o tempo.
- Ei você tem unha grande? Corta isso!
- Depois eu corto!
Os dias passam, e a unha não foi cortada. Ela não deixa pra lá e coloca no Facebook: “– Quem não cuida perde”
E assim vai moendo a relação, esquecendo-se de outras coisas boas, e acaba terminando e botando a culpa no outro. Parece um exagero meu, mas de fato não é. Tem gente que projeta e planeja as relações conforme os seus critérios e suas vontades. Sendo a pessoa exatamente aquilo que deseja, qualquer diferença é sinal claro que não lhe serve. A unha ou a religião, a calça ou sapato – tanto faz, tudo é motivo.
É amor? Jamais! Manipuladora sutil. Faz-se de vítima.

A desconfiada/ descolada: teve contratempos no passado, não conseguiu superar, por isso faz infinitas comparações com o antecessor. Acha que se se entregar, no final vai acabar sofrendo. Portando veste armadura da descolada. Não sente nada – não se apaixona. Não liga pra nada.
É amor? É medo!

Medo e um sentimento visceral ainda não resolvido, cujo sentimento mistura tudo. Mente para si mesmo que não quer mais, e para os outros que já esqueceu.

A Gafieira:
Certo dia uma jovem senhora, apaixona-se por um homem trabalhador, caseiro, bom amigo e também apaixonado. Os dois tinham muito em comum, e se amavam muito na cama. Acontece que “felizes para sempre”  e “ perfeito “ só no cinema.
A jovem senhora amava loucamente às sextas-feiras a gafieira do Seu Zé. Era algo do tipo avassalador, nunca perdia por nada. E quando começou a relação a esquentar e a intimidade dos dias já cobrava atenção; ela avisou: - Amor as sextas eu vou para gafieira, com minhas amigas, mas é sozinha viu... (sem você).
Ok, tudo bem...
Mas, na terra em que "ok" e "tudo bem"  forem sinônimos de coisa boa eu mudo de nome.
Os meses se passaram, e haja brigas por essas sextas ocupadas. Festas, compromissos, amigos, família, nada que caísse nas sextas fazia com ela deixasse de ir com as amigas.

Ele não aguentava mais, - Más que audácia dela. Não saiu, não traiu, e ela dançando lá?!
Dois anos e pouco de namoro,  e o problema da “gafieira” virou uma bola de neve insustentável para ambos. Ela não abria mão. Ele não aceitava a recusa dela.
- Quero ver no meu aniversário que cai na sexta você me iludir?
- Amor eu vou para gafieira, mas vamos fazer o seguinte: Vem comigo vida? Vamos lá ver como é?
- No dia que eu for para um cabaré desses, eu me mato, prefiro acabar!
- Tá me chamando de puta vida?
- Entenda como quiser! Vou esperar sexta chegar...
A sexta veio e mais um casal se separou nessa vida.
Um ano depois, o cidadão resolveu ir nessa gafieira escondido e disfarçado.
Lá estava ela na mesa com as amigas, os olhos brilhavam vendo casais dançando. Sorria, bebia, dançava um pouco, sentava na pesa, dispensava rapazes, homens e velhos. Nunca deu bola pra ninguém. Assim foi em 25 ocasiões que ele foi ver com seus próprios olhos a sua morena sendo autentica. Ele ligou para ela, mas o celular já não atendia mais.

Raciocinem...

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