Na ficção conhecida o dragão aprisiona no castelo a moça e a
afastada da felicidade de encontrar o príncipe encantado
Na vida real de hoje, a moça constrói o castelo e chama o
dragão para defendê-la do homem nem tão encantado assim.
Na boa nem sapo e nem príncipe. Não há como não fazer às
vezes dos dois em determinados períodos da vida, porque somos incompletos,
sobretudo no que permeia o coração. Mas a real da vida dizem os romancistas é construir
pontes.
As pontes nos interligam e constroem relacionamentos. O medo
do mundo atual é não ter fosso profundo suficiente sob essa ponte. As mulheres
de uma maneira geral, estão com medo de baixar as suas, e trancam-se nos
castelos... dessa vez é a donzela que não quer sair da torre.
Lá colocam todo tipo de perigo. Os verdadeiros monstros se transformaram
em animais de estimação, servem ao propósito de destituir o homem do príncipe e
revelar sua intenção. A A mulher de hoje afasta qualquer incentivo tolo de dissolvê-la
de seu conforto, calmo, castelo de contos.
Existe um medo real de se viver. Não por isso mais da metade
volta para o colo e a casa dos pais. Estamos agora assistindo pelas redes
sociais a vida se desenrolar. Cada qual ali dizendo: “daqui não saio – daqui
ninguém me tira”
- Nossa você vai mesmo namorar? Casar? Ter filhos?
- Tem medo não?! Deus me livre que o monstro é feio!
Os Castelos não são mais de fadas, mas de mulheres adultas e
de cabeça feita.
Invertemos os papéis, porque perdemos as referências da
vida. Não existem mais heróis! O mundo é um grande BBB, cuja razão maior é
desnudar o ser humano, até que dele não reste mais magia alguma para se
absolver.
Não existe mais “
Felizes para sempre “. A felicidade é produto de uma noite apenas e nada mais.
Não sei se há uma volta, mas passa principalmente com a
necessidade de rever conceitos. Mudar de foco, abrir-se mais. Alguém em algum
lugar acredita que existem muito mais coisas para serem vividas do que só o
mundo faz de conta dos celulares e das redes sociais. Temos de sentir ainda o velho e bom friozinho
na barriga, o medo necessário para se avançar.
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