Queremos ser feliz! Tal afirmação é unânime em todo mundo.
Qual o instrumento de auferir a felicidade?
Se eu tivesse, venderia caro essa informação, porque é
dentre os desejos o mais cobiçado no mundo todo.
As religiões e espiritualidade duelam por milênios, cada
qual se sente pronta para dizer o tanto de felicidade que pode nos satisfazer.
E nenhuma até agora é tão real quanto o cafezinho que tomei há x anos atrás. A
minha felicidade é única, indelével e indecifrável.
Assim como é a de qualquer um que pare para pensar no que te
faz feliz.
Momentaneamente temos tudo; e felicidade é passear com os
filhos e um amor; ou é viajar para o Rio de janeiro e passear de bondinho. Um momento especial pode ser o suficiente
para ser “o melhor dia da sua vida” ou o mais feliz, se assim deseja descrever.
A gente precisa do adequado, só isso! O pulo do gato é entender o que mais
precisamos, e como podemos ter.
Não me venha falar só do dinheiro, porque ele é um
facilitador, não mais que isso. Ninguém compra algo que o coração não tenha. A
vida se bem vivida por 10 anos pode ser a mais feliz de todas, comparada apenas
com a minha que já cheguei aos 42. A gente aprende que aprisionar felicidade é
o que é de bom. Vejo um monte de gente correndo por aprisionar amores, filhos,
casas, carros, família no entorno.
É uma necessidade de se possuir a felicidade e não conquista-la.
A mãe que joga o peso da vida nos ombros dos filhos, mas não corre atrás da
sua. “Meu filho, minha vida” E a vida
dele como será? Ou então afirmações
poderosas: a minha mulher ou meu marido,
no tom mais possessivo de todos. Falo
principalmente para quem declara amor do outro a si mesmo; quase que o forçando
a ter que se posicionar. Isso não é felicidade é imposição de felicidade.
A felicidade eu já até medi alguns momentos. Quase sempre
que me sinto muito feliz em uma determinada circunstância da vida, fico quase
que palpando, tocando, sentindo e cheirando tudo que a envolve naquela hora,
porque sei que sim estou bem e feliz. Mas pode ser passageira, assim como é um
beijo bem dado, a gente guarda na lembrança.
Por sinal, “lembrança” é outro nome para baú. Lá se guarda e
se deixa todos os nossos sentimentos bons e outros nem tantos; porque
felicidade também é relembrar fatos da vida. Ou seja, ser feliz é um motivo de
busca incessante. Busca essa sem medo, sem culpa ou anseio. Não digo que todos
nós seremos felizes, porque não é do jogo da vida dar empate, mas é cantinho só
nosso, onde poucos têm acesso. Eu tenho tentando acolher a felicidade como algo
circunstancial, porque não há como por mais vontade e boa ação que se tenha aprisiona-la
para si; não sem tornar a sua felicidade um fardo para alguém.
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