quarta-feira, 22 de junho de 2016

O que queremos?




Queremos ser feliz! Tal afirmação é unânime em todo mundo.
Qual o instrumento de auferir a felicidade?
Se eu tivesse, venderia caro essa informação, porque é dentre os desejos o mais cobiçado no mundo todo.
As religiões e espiritualidade duelam por milênios, cada qual se sente pronta para dizer o tanto de felicidade que pode nos satisfazer. E nenhuma até agora é tão real quanto o cafezinho que tomei há x anos atrás. A minha felicidade é única, indelével e indecifrável.
Assim como é a de qualquer um que pare para pensar no que te faz feliz.
Momentaneamente temos tudo; e felicidade é passear com os filhos e um amor; ou é viajar para o Rio de janeiro e passear de bondinho.  Um momento especial pode ser o suficiente para ser “o melhor dia da sua vida” ou o mais feliz, se assim deseja descrever. A gente precisa do adequado, só isso! O pulo do gato é entender o que mais precisamos, e como podemos ter.
Não me venha falar só do dinheiro, porque ele é um facilitador, não mais que isso. Ninguém compra algo que o coração não tenha. A vida se bem vivida por 10 anos pode ser a mais feliz de todas, comparada apenas com a minha que já cheguei aos 42. A gente aprende que aprisionar felicidade é o que é de bom. Vejo um monte de gente correndo por aprisionar amores, filhos, casas, carros, família no entorno.
É uma necessidade de se possuir a felicidade e não conquista-la. A mãe que joga o peso da vida nos ombros dos filhos, mas não corre atrás da sua.  “Meu filho, minha vida” E a vida dele como será?  Ou então afirmações poderosas:  a minha mulher ou meu marido, no tom mais possessivo de todos.  Falo principalmente para quem declara amor do outro a si mesmo; quase que o forçando a ter que se posicionar. Isso não é felicidade é imposição de felicidade.
A felicidade eu já até medi alguns momentos. Quase sempre que me sinto muito feliz em uma determinada circunstância da vida, fico quase que palpando, tocando, sentindo e cheirando tudo que a envolve naquela hora, porque sei que sim estou bem e feliz. Mas pode ser passageira, assim como é um beijo bem dado, a gente guarda na lembrança.
Por sinal, “lembrança” é outro nome para baú. Lá se guarda e se deixa todos os nossos sentimentos bons e outros nem tantos; porque felicidade também é relembrar fatos da vida. Ou seja, ser feliz é um motivo de busca incessante. Busca essa sem medo, sem culpa ou anseio. Não digo que todos nós seremos felizes, porque não é do jogo da vida dar empate, mas é cantinho só nosso, onde poucos têm acesso. Eu tenho tentando acolher a felicidade como algo circunstancial, porque não há como por mais vontade e boa ação que se tenha aprisiona-la para si; não sem tornar a sua felicidade um fardo para alguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário