terça-feira, 14 de junho de 2016

Sobre o dia dos namorados e os radicais " apaixonados "




Mesmo hoje: dois dias depois da data que comemora no Brasil o dia dos namorados, ainda temos visto as timeline cheias de referência românticas à data. O que é bom! Melhor isso do que ver desgraças e gente brigando por políticos e conceitos bobos. Embora para mim, vez por outra alguns pareçam tudo igual.
Há os radicais e radicalistas em ambas as partes e segmentos. Por conta de política e opinião sobre temas centrais como: homofobia – racismo – credo – gênero eu já perdi uma penca de “amigos” e pseudo-amigos que não aceitam pessoas com ideias contrárias as suas. Ouvi até quem mandou excluir por conta de Bolsonaro ou Jean Willys – para cada lado eu encontrei os radicais despertados.

Quem ouve falar do termo “radical” acha que só se encontra no escopo do negativo – um grande erro! Existem os mesmos até no tema que vou seguir escrevendo: “Os apaixonados”. Pois é... os apaixonados também têm seus “entusiastas” radicais.  E que fique claro: se discordar, eles vão xingar e dizer que o mundo estar cheio de invejoso.

Eu chamo de radicalismos do amor. Sãos os mesmos “ismos” que tanto combato. A pessoa que expõe suas relações e seus sentimentos a um ponto sem volta. Ou você mergulha naquela pessoa e na sua necessidade de auto afirmar-se apaixonada e reciprocamente amada ou terá uma relação doente desde o começo. Não tem meio termo: “me ame como eu amo”. Gente... isso é perigoso tanto quanto um islamita com uma bomba na cintura pronta pra detonar.

Quando você vir carregada de aparatos “do amor” – camisetas, balões, roupa combinando, textos floridos, juras de amor eterno, assemelha-se para mim uma reunião de vendedores de marketing de pirâmide. É do tipo que te avisa logo: tenho que provar todo dia que amo igual.

E “provar” amor é o mesmo que garantir a Nutella todo mês– impossível!

Daí que vem toda aquela coisa de decepção e mágoas. Afinal você se esforçou tanto né? Deu tudo de si né?
Só não disse que pressionou demais. Só não revelou que exigia equiparidade de ações. Nunca contou que exigia exclusividade até de amigos. Não esclarecia o que queria dizer quando mencionava seus ciúmes até das sombras. Quando você faz esse jogo do amor sórdido, que reforça seus sentimentos- escondendo-se na desculpa de “amor sincero”, quer na verdade cobrar do outro as mesmas atitudes.

Isso de eu fiz – eu faço – eu dou - é tão perigoso quanto mexer com nitroglicerina. Para alguns o limite esta em você não corresponder na mesma moeda. Quem começa uma relação nessa profundidade de egoísmo nunca pergunta ao outro se ele esta na mesma sintonia. Uns coitados até dizem que sim, mas se perdem completamente nesse furacão e acabam por encapar a ideia que a relação toda será assim: “amor eterno”. E se enganam conjuntamente, até que o tempo vem e arrefece tudo como tem sido sempre e ficam-se descobertos os pés... tal qual lençol curto...

É aí que tudo engatilha para os problemas. 
Lá atrás quem começou divagando ideias e propagando amores de televisão não concorda que na vida tudo se assenta. E tome cobrança por cima de cobrança. Tome proibições e limites para tudo quanto é feito, dito e falado do outro.

Das duas uma: ou se tem a capacidade discernir que somos todos diferentes uns dos outros e que existe relatividade em tudo e que, portanto para algo seja duradouro tem de haver espaço / tempo próprio / vida íntima e nunca ignorar que outro tem vida própria ou vamos cair na rotina cíclica de recomeçar tudo de novo e sempre com novas pessoas, porque alguém disse a você que é sua forma que esta certa.

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