Mesmo hoje: dois dias depois da data que comemora no Brasil
o dia dos namorados, ainda temos visto as timeline cheias de referência românticas
à data. O que é bom! Melhor isso do que ver desgraças e gente brigando por
políticos e conceitos bobos. Embora para mim, vez por outra alguns pareçam tudo
igual.
Há os radicais e radicalistas em ambas as partes e
segmentos. Por conta de política e opinião sobre temas centrais como: homofobia
– racismo – credo – gênero eu já perdi uma penca de “amigos” e pseudo-amigos
que não aceitam pessoas com ideias contrárias as suas. Ouvi até quem mandou excluir por
conta de Bolsonaro ou Jean Willys – para cada lado eu encontrei os radicais
despertados.
Quem ouve falar do termo “radical” acha que só se encontra
no escopo do negativo – um grande erro! Existem os mesmos até no tema que vou
seguir escrevendo: “Os apaixonados”. Pois é... os apaixonados também têm seus “entusiastas” radicais. E que fique claro: se
discordar, eles vão xingar e dizer que o mundo estar cheio de invejoso.
Eu chamo de radicalismos do amor. Sãos os mesmos “ismos” que
tanto combato. A pessoa que expõe suas relações e seus sentimentos a um ponto
sem volta. Ou você mergulha naquela pessoa e na sua necessidade de auto
afirmar-se apaixonada e reciprocamente amada ou terá uma relação doente desde o
começo. Não tem meio termo: “me ame como eu amo”. Gente... isso é perigoso
tanto quanto um islamita com uma bomba na cintura pronta pra detonar.
Quando você vir carregada de aparatos “do amor” – camisetas,
balões, roupa combinando, textos floridos, juras de amor eterno, assemelha-se
para mim uma reunião de vendedores de marketing de pirâmide. É do tipo que te
avisa logo: tenho que provar todo dia que amo igual.
E “provar” amor é o mesmo que garantir a Nutella todo mês–
impossível!
Daí que vem toda aquela coisa de decepção e mágoas. Afinal
você se esforçou tanto né? Deu tudo de si né?
Só não disse que pressionou demais. Só não revelou que
exigia equiparidade de ações. Nunca contou que exigia exclusividade até de
amigos. Não esclarecia o que queria dizer quando mencionava seus ciúmes até das
sombras. Quando você faz esse jogo do amor sórdido, que reforça seus
sentimentos- escondendo-se na desculpa de “amor sincero”, quer na verdade
cobrar do outro as mesmas atitudes.
Isso de eu fiz – eu faço – eu dou - é tão perigoso quanto
mexer com nitroglicerina. Para alguns o limite esta em você não corresponder na
mesma moeda. Quem começa uma relação nessa profundidade de egoísmo nunca
pergunta ao outro se ele esta na mesma sintonia. Uns coitados até dizem que sim,
mas se perdem completamente nesse furacão e acabam por encapar a ideia que a relação
toda será assim: “amor eterno”. E se enganam conjuntamente, até que o tempo vem
e arrefece tudo como tem sido sempre e ficam-se descobertos os pés... tal qual lençol
curto...
É aí que tudo engatilha para os problemas.
Lá atrás quem
começou divagando ideias e propagando amores de televisão não concorda que na
vida tudo se assenta. E tome cobrança por cima de cobrança. Tome proibições e
limites para tudo quanto é feito, dito e falado do outro.
Das duas uma: ou se tem a capacidade discernir que somos
todos diferentes uns dos outros e que existe relatividade em tudo e que,
portanto para algo seja duradouro tem de haver espaço / tempo próprio / vida íntima
e nunca ignorar que outro tem vida própria ou vamos cair na rotina cíclica de
recomeçar tudo de novo e sempre com novas pessoas, porque alguém disse a você
que é sua forma que esta certa.
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