quinta-feira, 14 de abril de 2016

Violência contra a mulher e o sexo




Considero polêmico o que vou escrever, parte dele tem pesquisa de campo pelo doutor Leandro Karnal e parte a própria espiritualidade opina e revela.
O que é certo : uma ou outra pessoa passa por tal situação, e toda ajuda considera-se bem vinda.
Existe um grupo de mulheres que sofre um tipo de empatia pela violência infringida, e dela não consegue se libertar. Afeta, sobretudo a sua psique. Tornando-a dependente de seu algoz em algum campo afetivo ou sexual.
Fora parte a violência física deplorável e condenável em todos os aspectos. Entende-se por violência qualquer ato de subjugação. Incluem-se as que procuram dominar psicologicamente a mulher de um modo que ela sinta-se inferior; e as que visam delimitar a vida da mesma. Exemplos muito conhecidos que a principio é visto como um ciúme escamoteado por “zelo” do tipo que exige a senha da parceira das suas redes sociais e depois passam a controlar os horários da vida privada.
Vira chumbo trocado também, a mulher parte para exigir a mesma coisa, todavia para o dominador não faz diferença ele ceder, o que ele quer é tê-la dentro de suas regras.
Com o tempo tem gente que jura que isso é amor. A mulher experimenta sensações diferentes e cujo comportamento dele vai do oito ao oitenta rapidamente.  Um dia este obsessivamente controlador, outro dia afaga, protege mima e obedece a regra dela, só para conquistar mais espaços. Não sei se a figura da mulher entende isso nessas horas, com toda certeza entrou numa relação doentia e auto alimentada por ambas as partes.
Leandro Karnal um dia entrevistou uma senhora presa na ditadura militar, sob a ótica da síndrome de Escolmo (Estocolmo (Stockholmssyndromet em sueco) é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida há um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor), no período da entrevista ela relatou que após três meses de intensas torturas, foi avisada pelo agressor que ele seria substituído logo mais por outro. Ela disse que entrou em pânico total, por medo de perder aquilo que ela já tinha como zona de conforto. Por medo maior de o outro ser diferente do seu agressor.
O que aprendemos com isso?
Que realmente tem gente que até pega avião para reatar relações doentias. Fica deprimida, sente falta, confundem-se totalmente pelos sentimentos.
Passa a ter relações líquidas, baseadas em um tipo de modelo que lhe trouxe algum prazer.
Dentro dessa situação se define dois tipos de pessoas:
A primeira esta situada acima. É aquela que desconhece seu problema diretamente. Não procura ajuda psicológica ou espiritual. Passa o tempo todo tentando se convencer que tem o controle sobre tudo. E acaba sofrendo muito, entrando e saindo de relações. Adquire comportamentos machistas, permite-se inverter papéis de caça e caçadora.
A segunda esta na que sabe diretamente que sofreu uma violência: Física e psicológica. Possui conhecimento direto do assunto, até se afasta, mantém distância.
Todavia agrega para si traços desse comportamento do agressor.
Passa a procurar  se justificar  com algumas coisas, meio que inconscientemente. Tende a achar lógica  nas suas ações e permite-se conhecer pessoas de igual comportamento. Algumas boas e outras não.
Mas tem vergonha de se expor, de demonstrar algum grau de prazer advindo dessa relação nefasta.
Geralmente ela se fecha e passa a ter um mundo underground. Um verdadeiro submundo pessoal, onde seus desejos são atendidos, muito embora venham arrependimentos e culpas posteriores.
Essa pessoa entra num espiral de emoções. Parte culpa-se por gostar do sexo mais forçado, com dor ou sado. Parte se julga suja porque veio do agressor essa premissa que é bom.
Da mesma forma que a primeira – sem ajuda não tem como sair disso. A pessoa definha-se como ser completo,   dia a dia, até não mais sentir nada por outra. Vive um mundo inabitável de emoções boas.  Fuga, reclusão, solidão, remédios são os próximos passos.
Como meio de satisfazer - busca  parceiros distantes para satisfação sexual.
Contudo perde-se a referencia para outros assuntos de cunho relacional, visto que a experiência passada diária não foi boa, tem medo de insistir nisso.
E permanecendo no segundo tipo de pessoa, eu digo sem medo de errar: não há porque ter medo de se abrir. De sentir culpa por determinado tipo de sexo. Todavia, a libertação passa em desvincular-se totalmente do agressor. E confiar plenamente em um novo parceiro que compreenda essas bipolaridades, bem particulares e intrínsecas da sua psique sexual.
Parte do processo da cura esta em trabalhar na normalidade de uma relação, ligando-se afetivamente e confiando.
Nos livros: almas obsessivas - além da psique humana, e fuga da sexualidade. Todas de cunho espiritualista. Todos os livros  tratam disso como uma gradativa deformidade do caráter.
Até como uma forma de subjugação de encarnado para encarnado, não sem um dedo da vida passada.
Fala-se muito em culpa presumidamente anterior, daí uma pessoa fraqueja pela outra. O que não pode acontecer. Nenhuma alma pode manipular outra, sem graves consequências.
O mundo espiritual nos revela que parte dessa decadência moral prolongada afetaria na mulher no futuro próximo,  áreas físicas do corpo, acarretando doenças como o câncer de útero, câncer do seio e a endometriose.

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