Considero polêmico o que vou escrever, parte dele tem
pesquisa de campo pelo doutor Leandro Karnal e parte a própria espiritualidade
opina e revela.
O que é certo : uma ou outra pessoa passa por tal situação,
e toda ajuda considera-se bem vinda.
Existe um grupo de mulheres que sofre um tipo de empatia
pela violência infringida, e dela não consegue se libertar. Afeta, sobretudo a
sua psique. Tornando-a dependente de seu algoz em algum campo afetivo ou sexual.
Fora parte a violência física deplorável e condenável em
todos os aspectos. Entende-se por violência qualquer ato de subjugação.
Incluem-se as que procuram dominar psicologicamente a mulher de um modo que ela
sinta-se inferior; e as que visam delimitar a vida da mesma. Exemplos muito
conhecidos que a principio é visto como um ciúme escamoteado por “zelo” do tipo
que exige a senha da parceira das suas redes sociais e depois passam a
controlar os horários da vida privada.
Vira chumbo trocado também, a mulher parte para exigir a
mesma coisa, todavia para o dominador não faz diferença ele ceder, o que ele
quer é tê-la dentro de suas regras.
Com o tempo tem gente que jura que isso é amor. A mulher experimenta
sensações diferentes e cujo comportamento dele vai do oito ao oitenta
rapidamente. Um dia este obsessivamente
controlador, outro dia afaga, protege mima e obedece a regra dela, só para
conquistar mais espaços. Não sei se a figura da mulher entende isso nessas
horas, com toda certeza entrou numa relação doentia e auto alimentada por ambas
as partes.
Leandro Karnal um dia entrevistou uma senhora presa na
ditadura militar, sob a ótica da síndrome de Escolmo (Estocolmo
(Stockholmssyndromet em sueco) é o nome normalmente dado a um estado
psicológico particular em que uma pessoa, submetida há um tempo prolongado de
intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade
perante o seu agressor), no período da entrevista ela relatou que após três
meses de intensas torturas, foi avisada pelo agressor que ele seria substituído
logo mais por outro. Ela disse que entrou em pânico total, por medo de perder
aquilo que ela já tinha como zona de conforto. Por medo maior de o outro ser
diferente do seu agressor.
O que aprendemos com isso?
Que realmente tem gente que até pega avião
para reatar relações doentias. Fica deprimida, sente falta, confundem-se
totalmente pelos sentimentos.
Passa a ter relações líquidas, baseadas em
um tipo de modelo que lhe trouxe algum prazer.
Dentro dessa situação se define dois tipos
de pessoas:
A primeira esta situada acima. É aquela que desconhece
seu problema diretamente. Não procura ajuda psicológica ou espiritual. Passa o
tempo todo tentando se convencer que tem o controle sobre tudo. E acaba
sofrendo muito, entrando e saindo de relações. Adquire comportamentos
machistas, permite-se inverter papéis de caça e caçadora.
A segunda esta na que sabe diretamente que
sofreu uma violência: Física e psicológica. Possui conhecimento direto do
assunto, até se afasta, mantém distância.
Todavia agrega para si traços desse
comportamento do agressor.
Passa a procurar se justificar com algumas coisas, meio que inconscientemente.
Tende a achar lógica nas suas ações e
permite-se conhecer pessoas de igual comportamento. Algumas boas e outras não.
Mas tem vergonha de se expor, de demonstrar algum
grau de prazer advindo dessa relação nefasta.
Geralmente ela se fecha e passa a ter um
mundo underground. Um verdadeiro submundo pessoal, onde seus desejos são
atendidos, muito embora venham arrependimentos e culpas posteriores.
Essa pessoa entra num espiral de emoções.
Parte culpa-se por gostar do sexo mais forçado, com dor ou sado. Parte se julga
suja porque veio do agressor essa premissa que é bom.
Da mesma forma que a primeira – sem ajuda
não tem como sair disso. A pessoa definha-se como ser completo, dia a
dia, até não mais sentir nada por outra. Vive um mundo inabitável de emoções
boas. Fuga, reclusão, solidão, remédios
são os próximos passos.
Como meio de satisfazer - busca parceiros distantes para satisfação sexual.
Contudo perde-se a referencia para outros
assuntos de cunho relacional, visto que a experiência passada diária não foi
boa, tem medo de insistir nisso.
E permanecendo no segundo tipo de pessoa, eu
digo sem medo de errar: não há porque ter medo de se abrir. De sentir culpa por
determinado tipo de sexo. Todavia, a libertação passa em desvincular-se
totalmente do agressor. E confiar plenamente em um novo parceiro que compreenda
essas bipolaridades, bem particulares e intrínsecas da sua psique sexual.
Parte do processo da cura esta em trabalhar
na normalidade de uma relação, ligando-se afetivamente e confiando.
Nos livros: almas obsessivas - além da psique
humana, e fuga da sexualidade. Todas de cunho espiritualista. Todos os
livros tratam disso como uma gradativa
deformidade do caráter.
Até como uma forma de subjugação de
encarnado para encarnado, não sem um dedo da vida passada.
Fala-se muito em culpa presumidamente anterior,
daí uma pessoa fraqueja pela outra. O que não pode acontecer. Nenhuma alma pode
manipular outra, sem graves consequências.
O mundo espiritual nos revela que parte
dessa decadência moral prolongada afetaria na mulher no futuro próximo, áreas físicas do corpo, acarretando doenças
como o câncer de útero, câncer do seio e a endometriose.
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