sábado, 2 de abril de 2016

Na próxima esquina



Na próxima curva da vida a gente se encontra
Na próxima esquina, quem sabe bate saudade.
Na próxima curva a vida se acerta
Há coisas que só vivendo mesmo
Não dá pra digitar soluções, sem que antes tenha se experimentado todos os sabores: amargo ou doce.
Existe uma razão para que tudo tenha sido dito
Existe um teor nas palavras cujo tempero é a vontade de jogar na cara “verdades”
Existe um rancor que só quem diz sabe o valor que tem
Não tem ingratidão que se resolva com meras desculpas
A gente recebe aquilo que só soube dar
Na próxima esquina a gente se encontra.
Conta às agruras e percalços que um ou outro sentiu.
Algumas palavras são ações premeditadas, têm peso – cor – destino e flecha certeira.
Cada um recebe como convém. Eu convenho esperar a curva do tempo.
Sentarei na calçada da vida
Serei um observador resignado. Como só os bons observadores são. Nada é mais cíclico do que o que vai – volta.
Nada é mais certo do que o bom é velho mastigar das letras.
Alguém deve se lembrar do adágio popular: “Engoliu as próprias palavras”
Pois é, cansei de não achar nem copo de água para as minhas.
Deve ser que de algumas lições eu tomei nota logo cedo: A vida não tem plano reto. Aqui ou acolá, nesta ou em outra vida, as voltas são todas juízes de nossa consciência e caráter.
Que o mundo dê seu dia e seu giro. Uma coisa é certa: Foi escrito que assim cumpra-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário