sexta-feira, 8 de abril de 2016

Filhos para que te quero?






Eu quero ter o prazer de ver minhas filhas acordarem para vida logo cedo
Sentirem o poder da relação intrínseca da  vida – obra – compromisso
Isso de viver para os filhos é um castigo anunciado para eles.
Colocamos pesos nos ombros . Um dever desnecessário de cuidar de nossa solidão.
Fracassamos como pessoa. E exigimos atenção?
Não, não senhor...
O amor de nossos filhos nunca deve ser substituto para o amor de homem e mulher. Abdicar de ter uma relação saudável é omissão de vida.
Que tipos de mensagem estarão transmitindo?
Fracassei?
Não sei amar?
Perdi em minhas minhas escolhas?
Só devemos desistir quando o último sopro de vida sair de nossos pulmões.
Eu seria incoerente com meu dever de pai, escritor, se falasse de amor, relacionamentos e me deixasse envolver pela solidão, amargura e culpa.
Não me dou esse direito de ser um velho só e triste

Para ser completo devemos ser hábeis em se realizar, emancipar e eternizar promessas. Qualquer fuga da realidade é fracasso.
Fracassarei quando não tiver mais como aprender com meus erros
Fracassarei quando tiver desistindo das coisas no meio da batalha
Fracassarei quando não mais ouvir os outros e passar achar que tenho todas as respostas
Serei um inútil se achar que o mundo muda por mim, se não um tolo por me considerar completo a partir de minhas próprias experiências.
Quero dos meus filhos o orgulho de se sentirem livres para cuidarem de seus próprios filhos.
Constituir família ainda é o primordial nesse mundo.
Gostem ou não.

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