quarta-feira, 6 de abril de 2016

Bagunça-me a alma



Engraçado quando escrevemos muitos textos, alguns tornam-se cíclicos e volta e meia estão presentes
Sabe moça, você me bagunça. Tumultua tudo dentro de mim de uma forma tão intensa, tão dissimulada que é quase uma afronta ao meu eu cuidadoso e distante. Você é muito abusada e abusa muito de mim. Eu gosto.
Você me desapropria o sentido, o rumo e o meu próprio sim. Diz “não fala comigo mais?” e assalta meus textos, meus pretextos, meus traços e eu padeço com você. Tira-me o sono, o sossego, a calma. Você ri e silencia qualquer não meu, embrulha e embaralha me fazendo reconsiderar até meu andar. Você nos harmoniza e sorri. Meu Deus, você sorri!
Lapida-me a matéria prima bruta, põe minhas filosofias de vida e amor à prova e prática. Você roga calmaria na minha rotina conturbada e me faz ir sempre em direção a você, sem precisar, mas por querer. Você insulta minha capacidade de não gostar de você e não gosto mais - #sei.
Desafia-me a aprender sobre você sem te prender comigo.

Qual a sua profundidade? Não meu amor, você não me entendeu. Se eu me jogar em você, onde é o ponto de impacto? Sabe o que é, a culpa é dos seus olhos. Eles me dão vontade de mergulhar em você, ter você escorrendo pelo corpo como água doce para sentir o teu gosto e dizer que vou. Faço moradia nesse sorriso, que por Cristo, tem a curva mais linda que já me permitir trafegar. Sinuosamente perigosas são as estradas que as suas palavras me fazem adentrar. Me perdi tão perdidamente que voltar não é mais uma opção, então eu pulo.
Pego na tua mão e te levo pra conhecer a cor que a vida tem quando se liga o HARD da intensidade que se é permitido sentir. Não, não, eu não tenho medo de altura, de escuro sim, de altura não. Pra que medo, eu tô com você. E estar com você é o sentimento mais belo que posso ter nesse momento. Cristalina como as águas que percorrem a vastidão do teu olhar, são minhas intenções entregues de bandeja para você. Quase como um café da manhã.  Não me venha com essa de somos amigos, típica preocupação de quem teme um grave acidente. Como se horas ou anos fizessem diferença na escala do querer.

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