segunda-feira, 11 de abril de 2016

Fofoca do além - Vale à pena ouvir?




Juro que pensei em colocar um título melhor, mas não me veio à cabeça no momento.
Esta semana que passou do começo de Abril, uma pessoa conhecida veio até a mim para perguntar conselhos relativos a um sonho ou visão que ela teve manifestada após um desejo intenso/oração sobre seu marido.
Na ocasião ela vinha sentido uma forte impressão que estava sendo traída.
Dito isso, ela obteve através de sonho a visão do marido com uma mulher, traindo e chegando a casa de carona.
Confrontando o marido, ele ficou assustado e acabou confessando tudo conforme o sonho.
Daí, o resto foi um desentendimento grande, culminando naquele pedido conhecido de separação.
O que tem a ver comigo?

Bom, obstante eu ser espírita e amigo, ela achou por bem obter de mim uma visão externa. O que eu fiz meio de soslaio, porque amigo bom não mete a colher.

Mas, posso hoje responder aprofundadamente numa visão ampla do que eu penso.
Primeiro de tudo: - A visão foi correta?
No que tange aos fatos, parece que sim: a verdade foi esclarecida.
- Isso foi bom?
- Não!
Sabe por quê?  Sem medo de errar. Sem medo nenhum de estar dizendo besteira. Na minha humilde opinião Deus não é fofoqueiro. 

Não consigo enxergar Deus próprio ou alguma entidade de luz sobrenatural enviando os emissários para contar uma fofoca terrena. Algo do tipo leviana que geraria mais confusão e dor.

Nós temos a empáfia de acreditar que Deus é uma entidade sujeita às regras emocionais humanas, que pode sentir vontade de fofocar, para proteger um filho ou filha.

Pode ter sido qualquer coisa – menos Deus. Isso eu garanto.

Digo a mesmas coisas para as pessoas que dizem ouvir uma voz interior que manda separar, abandonar alguém, emprego ou alguma coisa.
Deus quando nos quer tirar alguma coisa que pode nos infringir mais dor, ele faz por meio da paciência, de aberturas de novos caminhos, amigos, oração e, sobretudo você percebe que o que perdeu foi pro seu bem.
Até porque somos falhos. Quem somos nós para julgar os outros? Vai que a pessoa é inocente e a fofoca destrói a  vida da outra. Como faz?
Nem anjos e nem espíritos de luzes ou qualquer coisa parecida. Isso é o mal agindo pelo bem, com vontade de separar e prejudicar vidas. A gente tem a mania de achar que a nossa relação é a pior de todas. Porque somos infelizes. Somos pouco amados.

Eu compreendo que a relação de um casal é muito complicada mesmo. Mas existia uma premissa que nos esquecemos de levar para o casamento ou namoro; que é: quando somos solteiros, somos mestres em enxergar os outros. Somos perfeitos em entender a individualidade das pessoas. 

O que perdemos quando começamos a viver uma relação. Tudo parece que agora virou uma entidade só. Renato + Fabiana = Renafa

Daí, quando o Renato vive um momento triste, a Fabiana esta feliz, e ambos estão em momentos distintos. Um começa a ficar chateado porque o outro não absolve o outro, não vivem em comum os problemas. O que eu torno a perguntar? E a individualidade, como fica?

O certo é cada um viver sua singularidade e tentar juntos compensar algum desequilíbrio.
Mas, o que não se pode é exigir que a outra viva o seu momento.

Eu entendo que a maneira mais bonita é quem está feliz, ajudar o outro na tristeza. Mas o triste tem que querer ser ajudado, sem orgulho bobo, concluindo que a melhor forma de sair é lutar como faria se fosse sozinho, com suas próprias forças. E quem esta feliz na relação tem a compaixão e a visão que uma hora ela poderia estar naquele lugar também. Isso é BEM-QUERER que tanto eu bato. Cansei de abordar amor e paixão como duas formas de fazer pessoas felizes. Na melhor das condições, essas duas são artigos raros de luxo, feitas para pessoas caras.

Bons amigos não fofocam, porque sabem que tudo tem dois lados da moeda.
Bons amigos aconselham para o bem.

Se você tem aquela conhecida que manda separar, manda seu namorado passear, desconfie: ninguém tem bola de cristal ou moralidade de valor suficiente para mensurar o amor de outra.

Com exceção de violência doméstica, drogas, problemas psicológicos graves, nada justifica estar dando opinião para separação de um casal. Essa decisão é única, grave e deve se pensar muito. 

Se eu que sou um grão de areia, uma ínfima parte da vida, um beócio por natureza, penso assim: quiçá Deus! Oxalá os anjos e espíritos benevolentes que tratam de ajudar a falta de amor nesse mundo.

Vamos parar de tratar relações como vestes. Vamos parar de brincar de casinha e de namorar para Facebook. Vamos tratar de qualificar nossa conduta primeira. Ouvir de menos os curiosos e abelhudos das relações.  Isso serve principalmente para quem pensa falar com Deus.

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