Chove sem parar (...)
Todos os trovões que habitam lá fora – habitam hoje em minha
cabeça
Um clarão surge, profusa é sua luz em minha retina, percorre
minha alma desatinada, escolhe palavras para falar
As águas que caem nesse momento do céu são seus avisos
Um momento congelado
Um desencontro
Lava-me o peito
Lava-me a alma
Enxagua as emoções
Leva longe daqui meus pensamentos e faz chegar ao destino
Caia, caia... Demoradamente
sobre minha cabeça
Deixa-me revelar o seu choro que do céu teimar em molhar a
todos nós
Distraia minha mente, porque aqui eu vou pensar.
Aqui sentado, mãos no volante - do para-brisa eu conto suas lágrimas.
Teima escorrer longa e sinuosa curva, escorrendo pelo vidro
até o capô do meu carro.
No horizonte eu vejo a noite escura, prenuncio que vai demorar
passar, coisas que no silêncio total, numa noite escura não se modificam...
Desperto de minhas divagações, rompido por um trovão que
ressoa longe, chegando cada vez mais perto.
Molha minha roupa imponente é sua razão
Acredito que seja assim mesmo na vida, tem coisas que não se
pode fazer nada, só esperar e torcer que o sol apareça logo e juntos nos aqueça
novamente.
Será melhor compreendida na música de Adele" Set fire to the rain"
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