Semana passada uma senhora disse para
mim: “As pessoas não conversam mais pessoalmente, porque estão muito ocupadas
em falar de si mesmas nas redes sociais”.
Eu, claro concordei: é visível o
entendimento que se precisa alimentar a visão sobre si mesmo, uma vez que se
todo mundo só fala de si, não há mais espaço para ninguém! Uns usam como
terapia para espantar a solidão, outros como escudo para dizer que vai bem,
antes que digam o contrário.
Não é de hoje que vejo em visitas a
amigos que mais da metade do tempo é dedicado ao celular, até fazendo bolo, uma
pessoa descansa debruçado no dedilhado do teclado de um celular. Um dia desses
fiquei 3 horas em um local onde a pessoa dedicou o mesmo tempo no celular
enquanto comia, bebia água e dava alguns segundos de atenção aos outros.
Família virou um conceito de espaço: Os designers de ambientes já podem criar
salas e apontar: - Ali vai ficar o marido e a esposa aqui, os meninos, no outro
canto da sala a avó...
Eles ficarão porque tudo que se
necessita é um wi-fi nada mais. Tenho aprendido a economizar conversas no ZAP
para ter o que falar presencialmente, até porque, livros, filmes e séries só
são assuntos relevantes se todo mundo estiver comentando, feito “A Casa Del
Papel”. Por sinal, um enfadonho drama que se revela após cinco capítulos
assistidos, mas estava no trend topics dos mais comentados... Por que não
assistir? Toda inteligência humana está contida no micro cosmo das redes
sociais? Parece que sim! Os que têm fugido um pouco se fecham em seus lares, ou
em suas vidas com medo de sofrer, de ver o mundo, não se arriscam a nada, nem
mesmo a tentar ser feliz.
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