É incrível como somos dualistas. Todo mundo tem um lado B,
se consideramos a segunda opção como nosso pior lado. Ninguém escapa! Nem adianta
ler isso e dizer que não tem. Em algum momento da vida andamos de braços dados
com o melhor e pior de nós mesmos.
O que ninguém entende de fato é que isso é uma condição
humana. Muitos apontam o dedo para o próximo dizendo: “Ahh... Mas não era tão
honesto?”. Outros levam para o tom de
acusação, acusando tudo de pecado. “Não pode fazer isso que é pecado...”. Mas,
pecam por dizer. Costumam esconder-se nas ações omitidas dos olhos, não do
coração.
Erramos não porque temos demônios em nossa dualidade, mas
porque pensamos ser uma pessoa muita melhor do que somos. Ao santificar uma
mentira, trazemos à tona o nosso pior lado. O arquétipo da construção do bom
marido ou da boa esposa, ou do bom trabalhador, da pessoa honesta, atrelado a
uma relação ruim ou circunstâncias que só criamos para os outros verem. Onde
está o erro? Em projetar isso e viver por escolha própria a mentira. Sim, mais
da metade daquilo que nos culpa, também nos transforma.
Muitas pessoas que quebraram as correntes da culpa, não
sofreram mais, não se sente em pecado ou em erro. Quando você não quer viver
mais uma mentira, acredita que precisa sair do ciclo danoso que criou, o demônio
interior se vai... Portanto é bom saber que trazemos muitas coisas ruins para
dentro da nossa vida, justamente pelo medo de seguir, pela incapacidade de
escutar críticas ou medo do fracasso. Com medo, ficamos paralisados até para ser
feliz. Daí sucede-se intermináveis atitudes que geram erros sobre erros,
fracassos sobre fracassos. O tal “dedo
podre” é um desses fatores. Ganhamos um “poder” de colocar a mão sobre as
coisas e fracassar, porque permanecemos querendo viver uma mentira. O rei Midas
ao contrário.
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