sexta-feira, 12 de julho de 2019

Japão 2019

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé, céu e atividades ao ar livre
Recebi a visita de uma amiga que mora no Japão nesses dias. Ela mora, é casada com um japonês, mas passa suas férias em João Pessoa, na casa de sua mãe. Por sinal eles não falam "Japão" lá é Nippon ou Nihon (falado nirrom). Se você assiste vólei, escutará a torcida gritar por "Nihon". Japonês é uma tradução que os outros criaram, não eles.

A religião do Japão é a xintoísta, que por falta de explicação melhor, é um conjunto de conceitos milenares que aceitam "deuses" não um só Deus; que por sua vez pode ser também a veneração da natureza e suas formas materiais e espirituais. Enfim: ser xintoísta é acreditar em um conceito de um TODO. Quem não é xintoísta, é budista.

Mas, como é o Japão de 2019? - Perguntei à Sakai, quais as últimas mudanças do país, como é hoje?

Ela me disse que não se muda nada assim no Japão, de repente, sem entender a profundidade disso na sociedade.

Mulheres: A sociedade japonesa criou uma regra social para a conduta das mulheres. Mulher solteira e sendo mãe, ganha uma bolsa família correspondente aos gastos dos filhos. Divorciada sem ajuda do marido, ela tem o direito de remover o sobrenome do marido, sem qualquer burocracia, o pai perde todos os direitos efetivos sobre a criança, inclusive ela pode proibir visitação. O governo prioriza a parte financeira em detrimento do afetivo das crianças. Todavia, existe uma coisa: Mulher divorciada namorando, perde os direitos de pensão. Mulher divorciada morando com o namorado ou casando de novo, o marido atual assume o compromisso da pensão do ex-marido dela. Ninguém é preso por não pagar pensão, mas as mães que não recebem, dão entrada no Governo como "mães solteiras", assim recebem o benefício até a maior idade das crianças.

O salário da mulher japonesa é menor: $14,00 dólares a hora para os homens e $9,00 para as mulheres. Porque a desigualdade? No Japão, filho primogênito assume a obrigação de cuidar dos pais pela vida toda. Só pode casar se eles morrerem ou se colocarem os pais sob o mesmo teto com a esposa. Sexo após o primeiro filho, decai muito nos casamentos japoneses.

Homens: Todas as responsabilidades acima mencionadas.

Crianças: O tratamento aqui é bem específico. O jovem japonês, adquire maior idade com 16 anos, época em que pode pedir para ver o pai relapso, recolocar o sobrenome se for o caso e ser julgado como adulto.

Antes dos 16 anos, ele deve estudar e fazer a limpeza da sua própria escola. Não existe faxineiros pagos para isso nas escolas nipônicas. Cada aluno se junta com colegas e fazem um mutirão da limpeza diária nas classes. Cuidados ambientais: As escolas possuem mini fazendas de animais e as crianças devem cuidar das espécies criadas nessas fazendinhas. Até nas férias é obrigatório. Maquiagem, cabelo colorido, unhas pintadas, só depois dos 16 anos.

Japonês ama mais seu país que qualquer um. Lugar de viajar e passar férias é no próprio Japão ou no máximo no Havaí, lugar preferido depois do Japão.

Eu acho muito interessante, um país que não vive sob tutela da religião, não liga para o conceito da morte, lá morrer é um "start" reiniciar a vida. Não tem constituição federal formada, apenas conjunto de regras sociais de 10 mil anos, a maior autoridade governamental é o Primeiro Ministro, mas a maior autoridade espiritual é o Imperador - cujo aniversário é comemorado todo 25 de Dezembro. Portanto, lá o Natal não é representado como no ocidente e sim o aniversário do Imperador.

E, eu nasci aqui...

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