sexta-feira, 10 de maio de 2019

Bolsonaro é opinião contrária a sua


Eu resolvi escrever este artigo, porque convivo em uma região militantemente esquerdista. Não estou dizendo que isso seja algo pejorativo, muito pelo contrário, faz parte de uma cadeia de acontecimentos ao longo dos anos, desde os primeiros "coronés", até hoje, comprando votos e guiando votos, como se faz com gados. A esquerda foi se infiltrando nas camadas culturais do país e se apossando com força dessas regiões, até que assumiu seu lugar de direito.
Isto é um fato imponderável - aceita que dói menos.
Não quer dizer com isso, que a esquerda representa o país; um ideal de vida; uma verdade sólida.
Bolsonaro foi eleito por 65% de um todo. Não importa se foi mais para o A ou B. É com isso que estamos digladiando-se nas redes sociais. Existe aqui um princípio de discordância contra a democracia. Esta sendo ferida e atacada por gente que passou 16 anos no poder e dizia que respeitava. Não respeita - não a tolera - e se for possível rasga, para mudar para seus interesses próprios. Em todo o mundo, em toda história contada e falada, passada de geração para geração, países só cresceram quando resolveram conviver com as diferenças. Quando falo diferenças, não é privilegiar uma classe em detrimento da outra. Não é resolvendo os conflitos raciais, aceitando a mudança de gêneros, que tudo ficará bem. É necessário que todo mundo colabore. Discordar não é imputar um ataque contra qualquer um que não pense como você. Discordar é argumentar sobre uma posição que não é a sua, mas pode muito bem ser correta para aquele momento.
Bolsonaro virou uma opinião contrária, porque a esquerda resolveu elegê-lo como responsável por qualquer coisa.
Tratou de exigir das pessoas posicionamentos que ela mesma não teve em 16 anos. Caiu uma senhora na Avenida Paulista, é culpa do Bolsonaro. Uma menina suicidou-se aqui, foi culpa do Bolsonaro. Será mesmo? Eu chamo a responsabilidade de cada um. Cada cidadão é responsável por sua bolha social, familiar e profissional, mas alguns sabem disso, outros fingem que não sabem... Buscam heróis para resolver os seus problemas e elegem vilões para encobrir suas falhas. O péssimo ator que não consegue emprego se faz de vítima em redes sociais, tomando cachaça, e tem quem concorde que procrastinar está no seio da nossa cultura. Ou o ineficiente funcionário público, avesso ao trabalho, apaixonado por enforcamentos de feriados, briga para ter mais direitos.
É tudo muito louco! É lógico que o surgimento de um Bolsonaro, que pensa diferente, age diferente e expõe o que sente, traz à tona um problema bem conhecido no resto do mundo. Não existe democracia em países da esquerda. Não como deveria ser. Não com liberdade plena de ir e vir, falar e discordar. É óbvio que a ala radical da direita é danosa em seus posicionamentos; todavia, existem leis que vão contra isso tudo, ué usem as leis. O que não pode e tem sido feito, é qualquer não eleitor da esquerda ser xingado em redutos universitários, festas, shows, lugares e redutos que deveriam ser públicos, mas não são; e temos professores que são tão radicais quanto um Maduro em universidades e salas de aula. Você não é dono da VERDADE. Seja o lado que for.
Quer combater algo? Traga soluções, ideias, projetos, xingar por xingar, qualquer um faz. Não existe comprometimento com interesse público, existe interesse só isso.
Bolsonaro vai passar, outros virão em seu lugar. Ideologias não reinam em qualquer lugar por muito tempo. O Brasil precisa parar de procurar arrumar desculpas. A UFPB gasta 1 milhão de reais em energia por mês. Aqui eu preciso economizar 25% em tudo, porque meu rendimento caiu. Eu sei disso. Você sabe disso. Qualquer um sabe, quando o sapato aperta. Por que é que uma Universidade não pode reduzir custos? A discussão reina sobre eufemismos, implicâncias, exigências de ordem orçamentaria, incapazes de entenderem as condições precárias do país. O pensamento é assim: Eu quero manter meus privilégios – foda-se para os outros! Ora ,se eu tenho que cortar na carne, todo mundo tem... Deveria pelo menos pensar assim. É lamentável ouvir, ler sandices de toda ordem. Se governo está errado, discute-se o governo nos parâmetros governamentais. Nunca pessoal! Se o governo é corrupto, imputam-se leis contra ele. O problema é que um tem 5 meses e é culpado por toda desgraçada do país e outro está preso por 3 instancias, mas é defendido como “vítima”, porque a visão é tacanha e simplista. O teu governo é objeto de ódio preferido, mas o meu é perseguido, não importam seus crimes.
Parece concurso de quem vai para o jardim de infância e defende melhor o pai.

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