Não sei se é coisa do passado. Problemas na infância ou
coisa pior... O que eu sei é que se não tem o que falar, não fale nada – deixe que
o tempo cure tudo.
Qualquer coisa que se faça no hoje foi reflexo do que se sentiu.
Ruim será a vida de quem não plantou nada por ninguém! Quando eu falo de
ninguém, não basta dizer que fez pelos seus... Faça também pelos não seus, por
pessoas de fora da sua bolha social, da sua zona de conforto.
Eu tenho feito leituras de pessoas que sei muito antecipadamente
o roteiro final da conversa. São tão transparentes, ou melhor: são tão secas,
sem propósito algum, que estão ali por estar, com conteúdo ínfimo, de conversa pobre,
de uma leveza inexistente. Estão pilhadas por desejos reprimidos, vontades
materiais, cobiças, remorsos e uma liquidez de projetos.
Você fica doente pelas doenças das pessoas. Pode reparar que
ninguém hoje em diante quer saber da VERDADE. Não como fato, apenas como
conceito. A verdade só é boa, quando fala algo bom da gente, se for para
aconselhar a mudar, passa ser inimiga. A facilidade de bloquear seres humanos
nas redes sociais trouxe um aspecto repugnante para a vida: - Tem quem creia
que isso também é possível na vida real. Vou tirar fulano do meu Face/Instagram,
pronto: problema sumiu... Será mesmo? Será mesmo possível que as pessoas deixem
de existir conjuntamente com os problemas, só porque você usou o dedo para
movê-las?
Não muda o fato de quem você é; do que se tornou; do que fez
ou deixou de fazer. Viver a vida real obriga a encarar tudo o mais seriamente possível.
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