Relacionamento é como cartucho de impressora, pode se esperar muito para enchê-la de novo e assim compreendemos páginas imperfeitas, mas... E daí? Tem que conviva com pouco, com mal acabadas páginas. Impressões do amor feitas em rascunhos, contaram um dia cores vivas. Tudo é no detalhe, parece que no jardim do outro a felicidade é mais verde. Se for a uma festa, adquirimos amnésia do dia anterior e as brigas que aconteceram. Se for momento ruim, justifica o sumiço com silêncio. Eis que levar a relação com alternâncias parece uma boa escapatória. Compensar com promessa de um elogio na próxima festa é tática para justificar a falta de agora. Preciso dizer que ninguém acorda feliz e de bom humor!
- É romance de cinema, o que existe de fato é um esforço para conviver, escondendo o caráter em um sorriso frágil.
Basta esperar quem primeiro diga que não tem tempo para o outro; anteveremos tempestades ou um princípio de ruptura de pensamentos, como quem frita um ovo, se frita toda mágoa, a raiva e a vontade de discutir que os fins justificam os meios.
Toda frase vira banal. Tem relações cujo estranho no ninho é a própria relação. Quase uma funerária, existe um caixão na sala. Ninguém quer saber de quem; quem vai assumir o morto, mas existe um caixão na sala. Passam-se dias e noites, idas e vindas... Permanece o caixão na sala.
Nenhum comentário:
Postar um comentário