quarta-feira, 19 de abril de 2017

O dia do índio.

Eu abro minha timeline e tá cheia de lembranças desse dia. Se não fosse por elas, eu nem me tocaria. Tenho plena consciência dos atos bárbaros praticados contra os mesmos, por parte do nossos colonizadores. Mais conhecidos pela pecha de " Homem Branco ". Todavia tô andando para isso tudo. E comigo, tem um monte que pensa igual... Igualzinho e só não fala ou não escreve por medo das represálias dos patrulheiros do Brasil. E daí que vem todo meu ceticismo presente. Não é porque eu não acredito na consciência indígena e sua necessidade de preservação; é mais por causa da hipocrisia e da falácia que rola solta nessas datas. Tal qual a Consciência negra. É outra que faço nem questão de saber. E, repito: Muita gente pensa igual. Nem acho que devia, mas me explico, porque não desprezo nenhum conteúdo do passado. Gosto de estudar o passado do mundo, é importante sabermos dos nossos erros, e contra os negros, foi pior, pois praticamos escravidão com nossos iguais. Mas, não é por isso que me permito ficar revivendo e revivendo todos os dias esse passado. Detesto ter que adjetivar uma pessoa por qualquer coisa, fico possesso em ter que escrever de um ser humano dizendo que ele é negro ou branco, gordo ou magro, novo ou velho, mas as vezes somos obrigados, justamente por existir essas hipocrisias comemorativas. Eu enxergo as pessoas pelos seus traços de gênero ( homem ou mulher ).
Ouvi certo dia de uma pessoa ( lá vem: negra ) que não curtia ter que ser adjetivada por quase tudo. Na semana da páscoa o apresentador Danilo Gentili, quase perdeu a cabeça nas redes sociais, porque sua assistente de palco ( lá vêm de novo: negra ) pediu para tirar uma selfie com um ovo de páscoa ao lado. Para trocentos patrulheiros, ele estava a discriminando ou humilhando-a. Nada mais e nada menos, a moça entrou nas redes sociais e esclareceu que foi ela que pediu a foto. Foi ela que deu a ideia da piada e soltou essa, que adorei por sinal: " Para todos que me defenderam sem eu pedir, um canavial de rola ".

Imagino a dançarina de palco da Xuxa, à Bombom hoje em dia... talvez tivessem tirado seu apelido e colocado Tatyane, só para não receber aporreações das redes patrulheiras.

O Mussum, que é um tipo de peixe escuro, talvez nunca fizesse sucesso nas piadas do Didi hoje em dia.
Ahhh, sobre os Índios. Estão perfeitamente habituados com nossos costumes. Bebem muito, vendem suas terras, cobram pedágio, estão gordos, usam drogas, etc etc. Estão como qualquer " Homem Branco " está nos atuais tempos.

Eu sonho com um dia em que a gente vai falar apenas das pessoas em si, sem ter que esmiuçar seus traços genéticos. Torço que seja abolido todas as datas " comemorativas " sobre temas racistas. Até porque se formos falar delas, obrigatoriamente estaremos falando e discriminando outros. O homem de cor branca, sofre hoje discriminação racial também, e estamos quase chegando a beira do ridículo de ter mais como nem brincar. Caso continue essa situação, quero um dia para Consciência dos Gordinhos. Não abro mão do dia da pessoa feia. Não ficarei calado enquanto não existir um data para Os baixinhos. Ué? Vamos ampliar a coisa.

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