terça-feira, 19 de julho de 2011

O povo gosta mesmo é de bandida!

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O programa do momento na mídia é o Zorra Total. Não porque ele esteja caindo nas graças do povo brasileiro, mas pelos personagens Valéria e Janete, interpretada pelos atores: Rodrigo Sant´Anna e Thalita Carauta. Por sinal eles não desceram de pára-quedas no Zorra; são amigos já há bastante tempo. Por isso a química rola tão bem entre eles, desde que tinha seus personagens, em teatro de rua e com OS SUBURBANOS (grupo de atores de teatro amador).

Essa química trouxe para o zorra os personagens antagônicos do quadro “LADY KATY” – Edmilson e Clarete.

A galera pensa na sua maioria que os caras entram no programa e alguém dá o papel e pronto, tá feito a graça, não é assim, e mesmo quando isso acontece com alguns “convidados” tipo: BBB da vida, que por força de contrato tem que aparecer por 03 meses na GLOBO, dificilmente isso dá certo.

Outro assunto importante a ser discutido nesse quadro Valéria e Janete, tão bem aceito pelo gosto popular, indica claramente que a piada pronta, aquele que tem a merda da risada de fundo colocada na hora do fim da piada, é coisa de programa de quinta categoria. Eu detesto esse caco apelativo. Ou piada é engraçada ou não é.

A comédia Stand-up, conhecida como piada palco, aquela que você só pode ver em teatros, porque a televisão “politicamente correta” não pode passar palavrão, e nem falar hoje mais de viado. Esta completamente na contra mão dos programas como: Praça e Nossa e Zorra Total ou Escolinha do GUGU, que só sabem explorar mulheres seminuas e atores dos anos 60

Quando você presta atenção nos personagens de Rodrigo Sant´Anna e Thalita Carauta; dar pra ver claramente o toque moderno da comédia do escracho. Aquele que os jovens hoje adoram e que esta contida em programas tipo Pânico na TV e CQC. Onde o “bonzinho” não vence no final. A Valéria é o travesti “fodido e mal pago” que ver na Janete, uma debilóide, a oportunidade de aliviar seu dia ruim, com uma boa piada em cima dela. Fora o bullyng que ela pratica com os coadjuvantes, onde coloca apelidos e faz anedotas com qualquer pessoa que a desafie. A Valéria foi metamorfoseada de programas que explorava o travesti para ele ser a vítima dos outros, passou a ser acusadora. A malévola que não se deixa ser rebaixada por ninguém!

Muitos poderão dizer que o Gordo e Magro, A Velha da praça e o cidadão do banco, também era assim, e várias duplas de sucesso, tinha o engraçado e a escada para a piada. Só que o engraçado, mesmo sendo ruim, era sublinhado nas entrelinhas como bonzinho ou no mínimo “esperto”. A Valéria não busca essa “Estereotipo” de boazinha, ela adora ser maléfica mesmo. É o que os jovens curtem no momento, a piada do bullyng, do direito de gozar alguém sem estar nem aí com nada. Da rebeldia pura e simples de “ZOAR” com todos, com direito a ser feliz. Não sei como será daqui pra frente, mas vejo cada dia menos espaço para a piada de claquete e redores de piadas prontas.

Veja o CASSETA & PLANETA:

Foi pra mim um grupo de redatores à frente da sua época, nasceram adiantados demais para o tempo em que atuaram na televisão. Eles tinham o humor escrachado na pele, tanto é que foram por anos, campeões de audiência de humor. Até que, um dia, atores velhos e cansados da Globo, pediram para serem avisados das piadas, e não serem tão “maltratados” pelos humoristas dos programas. Daí ficou artificial demais. Perdeu toda graça, a diretoria da globo interferiu demais e tirou a liberdade de expressão dos humoristas. Sem contar que só pessoal da Globo era entrevistado, em virtude que a emissora não queria pagar com direitos de imagens e nem processos futuros.

Pânico na TV:

Nasceu do café com bobagem, já existia esse humor antes deles, a equipe: Bola e Emílio sabiam atuar em rádio com esse tipo de humor, e por anos se deram bem com isso. A sorte deles é que encontrou em uma emissora a liberdade necessária para explorar esse filão em lacuna na grade brasileira.

Tanto é que encontramos celebridades totalmente avessas ao confronto com eles. As mesmas celebridades que se julgam acima de qualquer coisa, um dia já estiveram pagando para aparecer em jornais locais e suburbanos.

Longe de ser um Profeta do Apocalipse humorístico. Como esta sendo feito o humor no país, não fica! Os jovens não querem mais A PRAÇA É NOSSA, o povo quer ver SANGUE.

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