quinta-feira, 7 de julho de 2011

Juvenal e as catraias

 

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Um dia desses parei em um lugar para botar gasolina, e vi o Juvenal, amigo de infância. Esse amigo é boa praça, gente da melhor estirpe. Só que o cara me parecia abatido, de queixo no peito. Resolvi ir até ele, e tivemos um engraçado diálogo:

- falaaa Juvenal, pega aqui no meu p*! (nada disso!), pensei, mas não disse.

- Diz ai Alex? Alex? É tu veio?

- Sim cara, mais magro né, RS RS RS

- Pois é cara quase não reconheci e coisa e tal...

Conversamos amenidades, atualizações do dia a dia, e essas merdas que os amigos fazem, quando se reencontram.

Só que para matar minha curiosidade, fui logo como açougueiro na carne boa; De primeira, dei meu o corte fino...

- Juvenal, parei para falar com tu, mas vi que você tava todo pensativo , voando mais que borboleta perdida em vendaval. Que passa?

- Cara! Separei-me!

- Tu sabes que essas coisas, acabam virando um circo na vida de um homem, e quando nos pegamos, pensativo é porque a coisa não terminou bem.

- (eu) Sim, eu sei como é, separei também, alguns anos, mas qual o motivo da sua tristeza mais forte?

- Cara! Namorei e casei com a única mulher linda que já peguei em toda minha vida.

- Tu sabe que não dou sorte com gatas. Não tenho jeito de chegar chegando, como a maioria faz.

- Sempre que chego junto, a língua fica morta, a cabeça fica um vazio só. Nem sei mais falar bicho!

-(eu) É, cara, mas como tu pegaste a Claudinha então?

- Nem sei, veio! Começamos nos conhecendo, fomos sendo amigos, amigos, daí, praticamente ela deixou aberta a possibilidade do namoro, mas foi quase tudo iniciativa dela. Daí, casamos e pronto!

- (eu) Tô ligado! Mas, tu tá com medo de não pegar mais mulher nenhuma?

- Nem é isso, o problema é voltar pro velho costume de pegar catraia! Eu só pego catraia!

- Com elas eu me realizo mano! Viro o Don Juan, sei de tudo, o capitão América perde pra mim.

Viro valente, fico corajoso, bonito e pago tudo. Porrá veio! Eu ainda pago a conta das catraias. Só eu mesmo!

Toda piniqueira dos edifícios onde morei, eu já peguei. Peguei também as das ruas e das baladas, que ficavam pelos cantos.

Sozinho, sozinho, sozinho nunca fiquei na vida.

Mas, desde a Claudinha, nunca pude me exibir com namoradas. Maior vergonha de levar vaia dos amigos, por isso nunca tava acompanhado em festas, com minhas namoradas. E quanto mais longe e mais favelada, eu gostava. Porra amigo! Sou catraia-dependente!

- Tem CAD nessa vida? ( Catraias, anônimos dependentes)

- (eu) rindo muito, sei não véio, procura ai.

- Sim, mas não querendo me meter, seu casamento acabou por quê?

- Por causa de catraia! A menina que cuidava da nossa filha era catraia profissional.

- (eu)? Como é isso?

- Ela era feia, feia e feia. Metida à gostosa, me cobrava grana, roupas e ainda contou pra minha esposa do nosso caso.

Claudinha acabou comigo e ainda ficou com a catraia para eu pagar o salário.

- Puta merda, eu disse: E ainda não tem nem como defendê-lo. O cara tinha aprontado todas, com a mulher mais feia que sua esposa, coisa imperdoável no meio machista.

Juvenal, depois veio a me explicar que desde os 10 anos, pegava as meninas mais feias do bairro. Sempre fora muito gentil com elas, não menospreza ninguém pela falta da beleza exterior. Então pegou fama de bom ouvinte entre as meninas feiosas. Para isso virar uma ESPECIALIZAÇÃO EM HAVARD, bastava ele começar a transar com elas.

O que aconteceu aos 13 anos, quando ele me contou que pegou uma coroa de 65 anos, vizinha dele e avó de seus amiguinhos de infância.

Ele me contou a seguinte estória:

- Lá tava eu (Juvenal), olhando os livros da prateleira de Dona Jú. Dona Jú era avó de André e Paula, amigos meus, de bola e brincadeiras. Só que eles estavam viajando, e a veia tinha ficado sozinha na casa. Eu precisava fazer um trabalho, e ela tinha o ATLAS, livro o qual eu tinha que pegar algumas anotações. Com meus 13 anos, já podia sair de casa sem a companhia dos pais. Portanto, tava podendo perder tempo da tarde toda com meu dever escolar.

Pedi a Dona Jú que me auxiliasse, ela me ajudou muito bem, e acabei fazendo o dever.

Acontecesse que vasculhando as coisas que estavam guardadas e livros empoeirados, Dona Jú achou revistas de sexo antigas, do tempo que ainda tinha revista-foto-novela.

Essas revistas tinham fotos com poses escrotas e sexo explícitos, mais diálogos sobrepostos, do modo que dava entender que tinha uma historinha por trás daquilo tudo.

Ela achou que fora de seu marido, já falecido.

Daí começamos a folhear juntos, pagina por pagina.

Eu ria um pouco, achando tudo esquisito, ela também, até que uma hora a velha, começou a falar mais calmamente e com respiração pesada.

Perguntando o que eu sentia quando via aquelas fotos. Eu disse: - Ué, engraçado!

- Mas, você já viu isso aqui tudo? De verdade?

- Não, não vi não, mas é engraçado.

Amigos, no fritar dos ovos, essa velhota ficou acesa com essas fotos e passou a tocar nas minhas pernas e tudo mais. E quando me deparei já tava em cima dela.

Não sei como, e nem por quê? Eu acabei estando em cima de uma senhora de 65 anos, com 100 quilos de banha. E, vou dizer mais, não conseguia encaixar de jeito nenhum naquela cratera que era o sexo dela.

A Dona Jú, tinha no que chamamos de barriga, uma cama de gordura tão saliente, que deitado nos pés dela (porque essa altura eu tava tirando o calçolão da velhota), eu olhando pra cima não via a cabeça e nem peito da senhora. Tudo ficava numa barreira de carne e gordura. O que por sinal me fez levantar por cima da barriga, para perguntar o que fazer de vez em quando.

Quando eu me coloquei em cima da Dona Jú, fiquei como se fosse um sapo nadando em água rasa. As pernas se movimentavam, conjuntamente com os braços e a cabeça; mas nada de eu sair do canto. Quando ela me abraçava, eu ficava entre cair por cima daquela boca cheia de dentadura e sair do “encaixe” ou ficar encaixado, mais de queixo levantado e nariz afundado na barriga.

O pior era que, ela gemia e emitia urros assustadores, como se tivesse sentindo algo, que fazia pelo menos um século que não sentia.

E garanto a você amigo, eu mal conseguia fazer qualquer coisa com ela. Não tinha pinto suficiente para preencher os espaços ocos que ficava nas laterais.

Eu só sei que isso durou um tempão, tempo esse que aprendi todas as caras feias possíveis que um ser humano pode ter, muito perto da morte. Se tinha cara mais feia, Dona Jú sabia fazer.

Depois desse dia, fiquei dando “assessoramento” sexual a essa senhora por mais 1 ano. E desde que eu me mudei daquele lugar, peguei essas doença que chamo de CATRAIA-PATOLOGIA-DEPENDENTE.

Eu simplesmente fiquei sentindo falta de alguém que me devolvesse àquela sensação de novo. E só poderia sentir isso com mulheres feias e velhas ou gordas. O que me fez virar então o príncipe do Pântano (apelido que ganhei dos amigos) graças a merda de eu contar, me achando o fodão que tinha comido a velhota. Então virei sinônimo de pegador de sapo ou jacaré.

Nunca mais menina bonita alguma me quis. E acho que como Dona Jú fez tudo praticamente sozinha, fiquei mal acostumado. E não queria ter que conquistar nenhuma moça fresca.

Bom meu amigo, essa maldição, me trouxe de volta a realidade. To novamente pelos bares procurando catraias para transar. O perigo é que acabo ficando com medo de dar o fora, e namoro com uma ou outra.

Bom, sabendo de tudo isso, eu só poderia dar meu apoio ao Juvenal e perguntar: JUVENAL ISSO PEGA?

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