sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Eu e a UBER.

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, carro
Um dia desses precisei pegar um UBER para trabalhar, quando ele chegou, o motorista era uma mulher, uma jovem senhora por sinal, de sorriso largo, pediu logo para eu colocar o cinto. – Do tipo mandona!
No trajeto, após uns dois semáforos, ela resolveu falar comigo... Não sei por que, escolheu coisas da sua vida de casada... Devo ter cara de divã?
- Tu és casado? – Já fui, respondi...
- Pois é: sou casada, estou trabalhando no UBER porque estou desempregada. Este é meu carro, meu marido tem o dele, trabalha com outra coisa, decidi que usaria o meu carro para ganhar algum... Acenei com a cabeça, entendendo os motivos, arrisquei dizer: - Muito bem!
- É assim, ó, meu esposo tá puto comigo! Disse que sou muito dada para falar com o mundo todo, não gostou nada disso!
Acelerou o carro até gritar o motor
- Depois, ele acha que UBER é coisa de homem, um machista que eu casei.
Deu outra arrancada, desta vez segurei no banco.
Agora deu para me ligar o dia todo, perguntando quantos homens entraram, quem era, se eram bonitos, um saco isso!
Fez uma curva de piloto de formula 1!
- O pior que a gente acaba percebendo que casou com um tirano!
Acelerou na terceira até gritar!
Na minha cabeça era a desforra! A cada comentário, o pé cobrava do pobre do carro respostas, pois a boca não parava de tagarelar, eu nem mesmo estava sendo usado como conselheiro, só escutava e rezava para chegar logo. Contei 4 sinais amarelos cruzados, duas fechadas de trânsito e umas dezenas de buzinadas.
- Eu já disse a ele que isso não é vida, talvez me separe, moço... O que o Senhor acha? – Acho que já cheguei no meu destino moça, e a salvo!

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