sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

A pessoa perfeita.

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Eu tenho comigo que todo mundo esconde algo. É, como casa, nosso imóvel de morada. Ninguém conta tudo que acontece dentro da sua casa. Nem revela que coloca prego na maçaneta, cola a tampa do vaso com Durepox, pinta o mofado da parede com tinta nova, mas não conserta o vazamento; tem pia entupida, etc. Você só descobre quando vai usar o imóvel da pessoa; daí que vem aquela comoção: - Nossa o sanitário entupiu? – Foi! – Já era!
A pessoa perfeita deixa de ser, porque dentro dela tem aquilo que é algo de bagunçado, pertencente a todos os seres humanos que acumulam coisas. Nós, acumulamos objetos na nossa casa que nem mais usamos, assim é nossa vida pessoal e íntima. Tem dentro daquela pessoa anos e anos de sentimentos, revoltas, mudanças, sorrisos e tristezas, todos guardados em baú da cor do tom que assimilamos nessa vida. Mas, nossa apresentação é como se fôssemos casa nova. Revelamos a frente, longe da porta, onde quem vê, só pode saber o que tem dentro quando é convidado.
Assim como não existe a pessoa perfeita, não existe a casa perfeita sem uma mínima necessidade de se adequar e mudar os móveis de lugar, trocar a mobília, comprar coisas novas, nos reinventamos e repetimos isso na casa.
O prego na maçaneta é o ex dela, o sanitário entupido são seus medos, suas neuras, receios e limitações pessoais, quando você atinge isso, e passa incólume sem perder a vontade de ir embora, já pode usar o banheiro para o número 2.

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