segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Pinóquio a maior verdade está dentro de nós.


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Eu confesso que o personagem Pinóquio era o meu pesadelo na infância.
Fiquei surpreso quando minha filha um dia desses assistiu até o fim. Nunca tinha visto se quer falar dele, ficou perguntando-me detalhes a respeito. Mas, o Pinóquio me dava medo, quis dizer! Não disse, porque eu cresci, aprendi a esconder meus sentimentos. Mas, não posso deixar de admitir que crescemos com traumas.

Para muitos são sapos, ratos, baratas, bruxa, mula, saci e etc. Mas para mim é o nariz da mentira que me dá medo. Pinóquio é o contraponto de toda verdade, é a criação do conceito que nem sempre dizer a verdade é bom. Pinóquio é a luta para alcançar a felicidade através da dor. É consequência depois da mentira. É o exemplo guardado no estômago da baleia. Pinóquio não nasceu, surgiu de um desejo sincero de seu criador, mas não conheceu a vida, até que ele fez tudo para perdê-la.
Somos o paradoxo da verdade, nos perdemos pela cara de pau de inventar uma vida que não temos. Pinóquio é o encontro do infantil com a necessidade do crescimento. Pinóquio cria suas próprias ilusões, influenciável, vazio, oco, entrega-se fácil pelas promessas dos outros. É igual a nós. Tão humano quanto o esforço que dedicamos para construir felicidade. Pinóquio é a passagem da criança que assimila a si mesmo para se transformar em adulto. A criança só constata a vida real pelas suas perdas. Descobre feliz quando ama. Infeliz quando perde – e sincera quando diz que mereceu perder. Pinóquio é a construção falha de toda humanidade. Temos medo de encontrar alguém que nos identifique por algum ponto que nos comprometa com a verdade, que faça revelar nossos desejos.

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