segunda-feira, 23 de setembro de 2019

As duas crianças fantasmas

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Era madruga de domingo para segunda...

Como costume eu sempre procuro ir deitar apenas com sono, não forço o sono chegar. Mas neste dia estava particularmente sonolento o dia todo, tive diversos cochilos, e à noite foi um desses que culminou em acordar às 3:36h.
Abri lentamente os olhos, e vislumbrei duas figuras quase translucidas adentrando o meu quarto, pela silhueta, pareciam ser de crianças, o que foi fácil de observar assim que eles se tornaram nítidos junta a minha cama. Pelo aparente comportamento, pareciam que queriam fazer alguma coisa do tipo travessura contra mim, igual é o jeito de criança quando quer realizar uma brincadeira contra os adultos: - Um olhava para o outro sorrindo...
Pela altura deles não passava da cama muita coisa, tipo na altura de crianças de uns cinco ou seis anos.
Quando resolvi encará-los, foi que perceberam que estavam sendo vistos por mim, e isso causou uma reação de desconforto em ambos, notadamente um deles, o maior, recuou ficando bem atrás do menor com jeito desconfiado... Já o menor, se assustou também, mas ele teve uma reação de querer desafiar-me, pois parecia surpreso que eu o tivesse percebido naquele momento. O pequeno ensaiou uma cara de deboche, do tipo que estava pronto para comprar aquela briga. O mesmo olhou-me bem nos olhos, e de repente transfigurou o rosto como um rosto de morto, uma face de fantasma do tipo branco/ quase esverdeado e forçou uma ação que esperaria me botar para correr de medo... O que não foi o caso, pois não sei por que, assumi uma postura de tocá-lo imediatamente, pus a mão sobre o rosto dele e dispus orar profundamente para que os anjos viessem busca-lo... Em minhas orações e ao mesmo tempo, eu vi o menino debater-se como em uma luta querendo se soltar dessas orações, sem lograr êxito, sem conseguir fugir, ele desmaiou e adormeceu, enquanto o outro fugia pelo canto dos meus olhos. Notadamente, percebi que eu também enfraquecia e adormecia, ele desaparecia sob minhas mãos, ficando totalmente translúcido até sumir. Espíritos de crianças é um caso bem mais raro na literatura espiritual, e “dupla”, é mais raro ainda... Eu nunca imaginaria que haveria crianças vagando sozinhas entre os dois mundos, imaginei que eles poderiam ser irmãos ou primos, e que algo havia acontecido a eles ao mesmo tempo. Mesmo pelo pouco tempo que os vi, dava para notar que eles já estavam encaixados neste novo estado de vida. Não é qualquer um que sabe justamente como fazer e como reagir, eles, ou melhor: o menor parecia compreender perfeitamente como agir e debateu-se muito quando foi aprisionado pelas orações. Todos os dias se aprende algo novo, algo que nos faz pensa em como a vida é importante, tanto pelo lado daqui como para o lado de lá. Não há caminhos fáceis, só caminhos...




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