Não acho ruim mudar pelas pessoas. Acho terrível é esperar pela dor para
decidir isso. No mundo todo, buscamos dar resposta pela vingança. A pessoa esta
mesmo gorda e desleixada, desinteressante ou desatualizada, tanto faz – mas só
dá resposta quando mais nada faz sentido. A tolice é achar que sendo teimoso se
caminha para evolução. Ao perder o emprego, vai ter que estudar mesmo. Ao
separar, vai ter que secar a barriga para voltar para pista. Fará de toda
forma, então porque não mudar dentro da relação que se vive? Eu até acho que
por carência é que se toma a rotina de ser mais sincero com os próprios
defeitos. Por raiva nos tornamos melhores só para poder jogar na cara. Aprendi
que: As melhores decisões da vida, tomamos quando não existe mais nada para se
perder ou se consertar - tal qual declaração de amor depois que disse não no
altar.
Ninguém que queira ser especial na vida de outra consegue ficar imutável
a vida toda.
Seja maleável tão quão água, seja profundo tão qual abismo, seja inteira
tão quão vontade de se ver.
Se nada disso fizer sentido, mude pela curiosidade de se dizer que não é
mais o mesmo. Logicamente que na maioria absoluta do tempo vai perder a força
de vontade. Não serão poucos os dias que a decisão “hoje vai!” – não vai! Hoje
eu faço tal coisa... e não fará... É assim mesmo, a gente tem que mudar para
sentir o friozinho na barriga de novo de não saber o que vem pela frente. Eu
detesto toda frase que cria o absolutismo! Um dia eu ouvi de uma moça que nossa
relação se daria apenas na próxima vida, eu ri dela por dentro, ninguém que
ainda não viveu tudo sabe tanto. Ter tanta certeza em si atrai o fracasso. Só
sabemos o que sabemos hoje, graças o que vivemos até aqui, e mesmo sabendo de
tudo isso, cada tomada de decisão é uma nova vida dentro de outra, com novos
personagens e desfechos. Ter certeza é o equivalente de não saber de nada.
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