Quem abraça o Ayrton é Soichiro Honda, nada menos que o criador e fundador da marca Honda. Um dos homens mais bem sucedidos do japão, idoso, e super conservador. Quem conhece o Japão, sabe como os japoneses são avessos aos toques e atitudes de emocionais, principalmente em público. Mas Soichiro Honda não esconde sua emoção em dizer que é o melhor piloto do mundo que usa seu motor.
Atitudes como essa atestam para todos o quanto é necessário que você primeiro obtenha respeito das pessoas e depois admiração. Ayrton Senna nunca foi santo nos bastidores. Quem leu a biografia sabe quantos pilotos ele barrou a entrada, quantas vezes ele quis o melhor carro só para si e quantas vezes ele teve que vencer seu colega de equipe, humilhando-o ao segundo posto com voltas de 1 ou 2 segundos de diferença. Ele mesmo dizia que seu primeiro e principal adversário é o próprio companheiro de equipe, que deve colocá-lo no seu lugar para que a equipe dedique os todos esforços em quem vai de fato ganhar o campeonato. Aírton não era ruim, era só profissional ao extremo. Batia o pé e provava que estava certo. Porque ninguém regulava o carro como ele. Ninguém ia lá nos mecânicos e almoçava com eles, dormia com eles, ia debaixo do carro, acertava milímetros das molas, regulava centímetros da barra de freio, coisas que faziam os mecânicos ficarem admirados com seu perfeccionismo. No final de tudo é muito trabalho, trabalho, trabalho e trabalho que dá a você a garantia que vai ser admirado pelo que faz.
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