Um belo dia eu conheci uma senhora que tinha um único filho, e este filho veio depois de muita reluta pessoal. Não que ela não quisesse ter um filho, era mais profundo que isso. Ela contou-me que na sua família, quase todos tinham problemas legais e envolvimentos com crimes e drogas, pouco se escapava um ou outro parente. Ela mesma tinha uma mãe ex- usuária de drogas e um pai bandido que foi morto por outra facção. Isso pesou na opção dela ser mãe. Porque ela achava que qualquer um que nascesse naquela família, estaria fadada ao mesmo destino. O que é previsivelmente compreensivo seu temor. Então ela passou muito tempo evitando a gravidez e seu atual marido, também compreendia, mas já não aceitava de um todo.
Até que ela acabou engravidando. Os temores dela vieram logo à tona e ela torcia para que fosse bem longe da sua família e assim ela se mudou para João Pessoa-PB.
Dado os exames de pré-natal, acabou-se que descobrira que a criança tinha a síndrome de Down; e isso chocou se marido, mas não ela - que achei brilhante o seu pensamento:
- Sabe, eu na hora chorei, mas depois de 30 minutos veio-me à mente a ideia que tendo síndrome de down, o meu filho hoje rompia com o ciclo vicioso do mal, ou da sina que é nascer na minha família e acabar virando bandido. Ele teria a oportunidade de ser diferente dos meus irmãos que morreram todos, do meu pai que morreu e da minha mãe que se perdeu para as drogas. A criança era um menino e nasceu em um lar de felicidade que eu me meu marido acabou aceitando de coração sua síndrome.
Ela estava fazendo um tratamento espiritual na CASA para alguns problemas pessoais próprios e acabou que descobriu que este pensamento era o mesmo que seu pai falecido tinha dito na sessão de psicografia. Era ele que havia incontido na mente dela a resposta para seus temores tinha fundamento e a síndrome veio como resgate (sim), mas também como um hiato, uma quebra de paradigma.
Nunca vi na minha vida, alguém tão feliz em saber que os planos de Deus eram os mais certos para ela, mesmo que isso requeresse mais gastos, mais lutas diárias.
Eu não tenho respostas, só fiz ouvir com os ouvidos mais abertos possíveis.
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