E o café? – Não teve!
E a conversa? – Não houve!
E os sonhos de se verem refletidos um no
outro?
- Não refletiu!
Boa parte da vida se estabelece no
“se” ou “quase”, juntando desculpas para se resolver o que não tem coragem. Há
decisões que se resolvem no arrastar de uma cadeira, no aroma de uma xícara de
café, solvidos com uma fatia de bolo de recheio de promessa que seria bom.
Quando vivemos no “se” o que seria
bom, deixa de ser – ninguém passa pela vida pensando em ser alguma coisa, somos
ou não somos - você, eu ou qualquer um
pode decidir não fazer nada, mas a vida faz o que ela tem de fazer, queira ou
não! Uma significante parcela do mundo quer a certeza como primeiro resultado,
pensando assim pisar na lua seria só um sonho mesmo. Armstrong, primeiro
astronauta, disse que quando chegou há menos de 2 mil metros de pousar a nave os instrumentos
alertavam para uma pane seca de combustível, faltavam 6%, ele tinha apenas duas
decisões: Descer em local seguro ou ejetar a nave e voltar para o foguete, para
talvez nunca mais voltar, ele decidir desligar o controle automático e assumiu
o leme, para proferir a frase mais famosa da humanidade. Nossa vida não é tão
gloriosa quanto à dele, mas somos constantemente incitados pelo mundo a reagir,
a gerir a nossa casa, nossa vida pessoal e íntima, tal qual ele,
individualmente somos os únicos responsáveis pelo resultado do depois. Soltar
as amarras ou viver preso? Correr ou fugir? Amar ou deixar ser amado? São
decisões corriqueiras, mas um salto enorme para a humanidade quando se pensa
que a vida é única, só vive uma vez as oportunidades.
A prisão da mente é: à distância
daqui a Marte.
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