quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Enquanto eu posso...


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Enquanto eu posso...
Há quem acha que pode tudo,
Eu posso menos se quero oferecer menos eu posso mais se quero oferecer o tudo.
Tudo depende do quanto amo a mim mesmo para amar o outro depois.
A maioria das pessoas que conheço hoje em dia se mata por dentro para dizer que já amaram.
Confessa a tal da auto-sabotagem como meio mais eficaz de desiludir.
Prometem a coragem que nunca veio.
Escondem palavras, beijos, saudades, remorsos, pensamento.
Quem vive só para se apaixonar corre o risco de nunca conhecer alguém bacana. Já vi paixões que eram febre, nada mais que uma simples gripe.
A verdade mesmo é que o amor nos qualifica para mudarmos o amor.
Perante a esta verdade tudo que disser é tolice.
Todo o resto é covardia, pois sem ter como se justificar, esconde-se nas desculpas do que não pode ser sem tê-lo feito.

Os covardes repetem o passado por medo de não sofrer. Preferem trancar a porta com medo de ficar a sós. Oferecem presentes, e para mim presente sem motivo é culpa, uma ação pequena para esconder grandes falhas. A melhor das atitudes é a renuncia do medo de ser inteiro para ser bem mais profundo.
Quem vive sem renunciar o medo, vive de restos, de sobras de perdas, aglutinações de dias bons com dias de chuva, esquecem de quem é para saudar com uma taça de vinho aquilo que deixo partir.
Enquanto eu posso tenho poder de ser.

Fernando Apolli disse uma vez: “ Hoje eu posso! Ontem eu tive a chance, mas não aproveitei...”

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