sábado, 2 de julho de 2016

O mundo contextualizado



Ele retrata uma opinião que verbalizo aqui diariamente. Quase tudo é contextualizado e as pessoas vivem pelas frases curtas e imagens das redes sociais. A felicidade é auferida pelas curtidas. E ser inteligente é ler no máximo três linhas de alguém ou algum escritor famoso. Assim contextualizamos tudo.

" Viver é entender a vida a partir do meu eu interior"

Pronto, digite isso ou coloque dentro de uma imagem muito bonita e será replicada em milhares e milhares de timelines e blogs pelo mundo. Não é a toa que exista centenas de páginas dentro do Facebook com milhões de seguidores. Ninguém mais quer ler o antes, durante e o depois. Livros? Textos longos? Nunca mais!
Daí passamos a viver sob a ótica do que todo mundo esta lendo e curtindo atualmente. O máximo da vida está dentro do globalizado e aceito.

Outro dia coloquei dentro de um texto o verbo : apetecer, de modo que eu queria dizer que tal coisa não me apetece mais. Uma amiga me perguntou: - O que é apetece?
- Coloque no google e verá...
- Não, diga logo o que é isso homemmmm
- Bom, é não me agrada, não desejo, não me cobiça mais.
-Então porque não disse logo?!

Estudar, adquirir conhecimento, tornar a mente até ociosa não faz mais parte da vida de ninguém. E olha que tornar a mente ociosa não é a mesma coisa que tédio. Tédio é ficar lendo e relendo o Facebook por horas, afim de achar algo interessante. E ter a mente ociosa de vez em quando é dar uma oportunidade de descansar e aprender coisas novas pelo relaxamento.
Se eu me estender mais aqui, provavelmente alguém desistirá de ler o resto, porque outro alguém já postou uma foto que dizia que uma frase esplendorosa e marcante: " Solteira sim, sozinha nunca!"
Se eu falar de morte, vida, amor, provavelmente estarei sendo contundente, mas é minha contundência, não a sua. Todavia as pessoas não querem ir mais além em nada. Profundidade é um conceito quase morto; superficialidade, no sentido de raso, curto, rápido é o que é de bom no momento.
Provavelmente, como eu disse acima, na quinta linha eu já devo ter sido enfadonho e poucos irão parar para ouvir uma palestra dessas.

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