segunda-feira, 4 de julho de 2016

De quem toleramos?




Quase é uma verdade o que eu ouço sempre: “Não tolero...” vem precedido antes do que é anunciado ao que não se tolera. E daí você escolha o que quiser: não tolera mau humor; não tolera cigarro; não tolera quem beba, ou seja, rude e etc, etc. Mas será verdade mesmo? As pessoas são francas quando determinam que não tolera determinadas coisas de outras?

Eu digo que para não dizer esta enganada, prefiro dizer que ela relativiza tudo.
Dizer que não tolera atrasos na vida de seu ninguém é tão sólido até que se conheça o “Seu ninguém”. Se o Seu ninguém é alguém especial para você, tudo fica relativo à pessoa né?
Essa capacidade de qualificar umas em detrimento das outras é nossa especialidade mais sacana do mundo. A quem possa interessar eu dou intimidade para umas e outras não; A quem possa interessar eu aceitos as falhas de alguns e outros não. Se eu posso dizer isso; é porque existe uma verdade não implícita nas minhas atitudes.
“Eu nunca fiz isso antes” é real até que se chegue alguém que quebre e bote por terra. Não é uma verdade absoluta sua só é relativa até aqui.

“Eu nunca mais me apaixono novamente “, é outra que soa tão falsa quanta nota três reais.
Para muitos de nós, as pessoas têm pesos diferentes; importâncias diversas e razões únicas.

Eu vou com Veríssimo quando diz que nunca acreditou em absolutíssimos nenhum, vindo de pessoas com menos de 50 anos. É próprio dos imaturos tentar determinar coisas que não se cumpre de fato. Até que se tenha beijado nos lábios do amor e do ódio e deitado com o diabo (figura de linguagem) nada disso é possível mensurar. No qual eu concordo até a última letra. Aceitamos receber pouco e mal de algumas pessoas e não nos damos conta disso, entretanto quase sempre somos realistas demais em dar o fora em outras porque simplesmente não atenderam nossa ligação ou não leram um sms na mesma hora. É uma dicotomia puramente humana e burra. E sabe por quê? Porque auferimos selos de importância para cada pessoa do nosso convívio. Você nem sabe, mas talvez tenha a lista das pessoas que podem ir a uma festa na sua casa, e outras que não podem mesmo sendo elas do mesmo convívio. É certo dizer que provavelmente você aguenta desse ou dessa um coice, mas é grosseiramente deselegante com quem não te deu bom dia, porque não te viu.
E dentro dessa premissa de aceitar de uns e não aceitar de outros, é que se vive a vida esperando aquela frase de segunda feira de alguém que damos a maior importância do mundo, mas não deu um "oi" só em todo o momento que esperei nas redes sociais.

E continuando nossa dicotomia burra, é esperado que a pessoa entendesse a música que compartilhei no meu Facebook pensando nela, ou no texto todo pontuado de deixas relativas aos dois, e que ela nem mesmo curtiu ou mencionou. E para alguns que leram e resolveram comentar ou falar contigo, você deixa o silêncio e vácuo como resposta; afinal não era dele ou dela que você queria repercutir. Sim somos todos pretensiosamente esclarecidos como indivíduos. Sabemos como queremos e quando queremos. Somos justos e imparciais com tudo. Ninguém invade seu espaço, até que isso seja uma verdade apenas da boca para fora.

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